quarta-feira, 21 de dezembro de 2011

Pousadas De Natal // Posadas Navideñas


Procissões e festas, ponche, doces e música.
A reprodução da viagem de José e Maria para encontrar uma pousada para que nascera o Menino Jesus em Belém, é lembrada no México ano após ano, nos dias que antecedem o Natal.
Os festejos, que começam no dia 16 de dezembro e vao até o dia 24, marcam nove dias que simbolizam os nove meses de gravidez da Virgem.
Cada procissão tem obrigatoriamente os personagens protagonistas da história e, como em toda procissão, também seus anjinhos.
Celebrada por vizinhanças e comunidades inteiras, a procissão vai de casa em casa pedindo um lugar de repouso para o bebê que vai nascer.
Com muita comida, bebida, doces e frutas, todos cantam com velas na mão. 
O final feliz, principalmente para os "niños" é quando entram na casa que dará acolhida ao hóspede ilustre e todos são recebidos com uma "piñata" recheada de doces. 
Com paus nas mãos, as crianças arrebentam a grande estrela que derrama bençãos açucaradas.
A origem da Piñata, dizem, vem dos
astecas, que produziam cabaças de
barro repletas de guloseimas,
que rompidas faziam a delícia do povo.
Com a chegada dos espanhóis para
colonizar e evangelizar os índios, também
chegou a estrela de sete pontas, com significados religiosos, mas que manteve os
doces dentro para alegria das crianças.  

segunda-feira, 5 de dezembro de 2011

Um herói chamado Pancho Villa // Un héroe llamado Pancho Villa

No México, Francisco é Pancho, como os nossos  Chicos brasileiros. Às vezes, também são Pacos, mas vou contar a história de um Pancho muito conhecido por aqui.
Esse não era seu verdadeiro nome, mas ainda jovem, ao defender sua irmã do patrão da fazenda, que, como era de praxe na época, queria se apoderar da muchacha para seu desfrute. Pancho acabou matando o homem. Fugitivo, na mata, encontrou um bando liderado pelo primeiro Pancho Villa, temido líder de bandidos. Adotado como mascote do grupo, ao morrer o chefe, tomou seu nome e também ficou muito famoso. Não por bandidagem, ou pelo menos, não oficialmente.
Pancho foi um dos heróis da Revolucão Mexicana, que teve início em 1910 e se estendeu durante aquela década. Ele mesmo passou a liderar um grupo que lutou contra o governo, o exército e todos que se interpuseram em seu caminho contra mudanças da maneira de governar o país.
Bronco, pouco educado, Pancho tinha um fraco: as mulheres. Apesar de ter defendido sua irmã contra o rapto de um homem, ele mesmo raptou várias mocinhas. Se apaixonava e não se conformava com um não. Mas se casava e pagava aos padres pelo serviço, e na falta de um sacerdote, improvisava com um dos homens de seu bando, o qual vestido de túnica preta, realizava o casamento enganando noivas, sogros e convidados.
Pancho Villa, além de fazer a revolucão, se casou com 29 mulheres e teve 25 filhos. No fim da vida, organizou uma grande comunidade em sua fazenda, para onde levou duas delas, talvez as que mais amasse. Ali, ele construiu escola, casas e uma pequena vila, onde viviam seus fieis companheiros de luta. Criou seu mundo socialista, atendendo à necessidade de dezenas de famílias pobres.
Foi assassinado em uma emboscada, em Chihuahua, cidade onde vivia, ainda era temido pelo governo federal, contra o qual ele alimentava grande hostilidade, pois acreditava que os líderes que tomaram o poder não fizeram a revolucão que o povo e ele desejavam e necessitavam.

Pancho Villa


En México, Francisco es Pancho, como los nuestros Chicos brasileños. A veces, también son Pacos, pero voy contar la historia de un Pancho muy conocido por aquí.
Ese no era su verdadero nombre, pero aún joven, al defender su hermana del patrón de la hacienda, que, como era común en la época, quisiera se apoderar de la muchacha para su disfrute. Pancho acabó matando el hombre. Fugitivo, en la mata, encontró una banda liderada por el primer Pancho Villa, temido líder de los bandidos. Adoptado como el protegido del grupo, al murir el jefe, tomó su nombre y también se quedó muy famoso. No por bandidaje, o al menos, no oficialmente.
Pancho fue uno de los héroes de la Revolución Mexicana, que tuvo inicio en 1910 y se extendió durante aquella década. Él mismo pasó a liderar un grupo que luchó contra el gobierno, el ejército y todos que se interpusieron en su camino contra cambios en la manera de gobernar el país.
Bronco, poco educado, Pancho tenía una debilidad: las mujeres. A pesar de haber defendido su hermana contra el rapto de un hombre, él mismo raptó varias jovencitas. Se enamoraba y no se conformaba con un no. Pero se casaba y pagaba a los padres por el servicio, y en la falta de un sacerdote, improvisaba con un de sus hombres, el cual vestido de bata negra, realizaba la boda engañando novias, suegros y invitados.
Pancho Villa, además de hacer la revolución, se casó con 29 mujeres y tuvo 25 hijos. En el fin de la vida, organizó una gran comunidad en su hacienda, adonde llevó dos de ellas, tal vez las que más amase. Allá, él construyó escuela, casas y un pequeño poblado, donde vivían sus fieles compañeros de lucha. Crió su mundo socialista, atendiendo a las necesidades de docenas de familias pobres.
Fue asesinado en una emboscada, en Chihuahua, ciudad donde vivía, todavía temido por el gobierno federal, contra el cual él alimentaba gran hostilidad, pues creía que los líderes que tomaron el poder no hicieron la revolución que el pueblo y él deseaban y necesitaban.


segunda-feira, 28 de novembro de 2011

Mariachis, símbolo mexicano. Música em cordas, vestida de charro - a roupa de gala do mexicano aprumado.
Mariachis de bigodes, "sombreros", botas e instrumentos.
Mariachis dos restaurantes, das ruas, esperando o chamado para as serenatas, as festas, os aniversários, os casamentos e as bodas.
Grupos de músicos de noite, de dia e de madrugada.
Mariachis, espelho do México pelo mundo.
A partir de hoje, Patrimônio Cultural da Humanidade. Pra que não sejam esquecidos, pra que se façam lembrar, pra que representem para sempre a cultura do povo mexicano.
"El Mariache" para sempre o mexicano para o mundo.

Para sempre Mariachis  //  Para siempre Mariachis 

Mariachis, símbolo mexicano. Música en soplo, vestida de charro - la ropa de gala del mexicano elegante.
Mariachis de bigotes, sombreros, botas e instrumentos.
Mariachis de los restaurantes, de las calles, esperando por ser llamados a las serenatas, a las fiestas, a los cumpleaños, a las bodas, a los aniversarios.
Grupos de músicos en la noche, en el día, en la madrugada.
Mariachis, espejo del México por el mundo.
A partir de hoy, Patrimonio Cultural de la Humanidad. Para que no sean olvidados, para que se hagan recordar, para que representen para siempre la cultura del pueblo mexicano.
El Mariachi para siempre el mexicano para el mundo.

Clima invernal

O dia do ano, o número da semana e o santo do dia são informações facilmente encontradas em qualquer abertura de noticiário mexicano. O que se poderá dizer do alarde quando baixam as temperaturas quando chega o inverno que castiga com frio a paisagem semi-desértica do país?
Em Durango, -15°C abaixo de zero é tão comum como as mortes por intoxicação dos calefatores de ar a base de carvão, que muitas vezes pode matar famílias inteiras enquanto dormem, não sentem nada e já não despertam.
Ao levantar sob o frio de 0°C da 15° frente fria registrada no pré-inverno desta manhã outonal, pensar que tenho uma cama quente e um casaco forrado, me faz agradecer admirando o céu tão alto, pela total falta de nuvens, e tão azul que delimita cada contorno da serra que abraça a cidade de León, no centro do país.

Clima de inverno

El día del año, el número de la semana y el santo del día son informaciones fácilmente encontradas en cualquier abertura de noticieros mexicanos. Y qué decir del alarde cuando bajan las temperaturas cuando llega el invierno que castiga con frío el paisaje semidesértico del país.
En Durango, -15°C bajo cero es tan común como las muertes por intoxicación de los calentadores de aire a base de carbón, que muchas veces puede matar familias enteras en cuanto duermen, no sienten nada y ya no despiertan.
A levantarme bajo el frío de 0°C de la 15° frente fria registrada en el pre-inviernoesa de esa mañana otoñal, pensar que tengo una cama caliente y un abrigo forrado, me hace agradecer admirando al cielo tan alto, por la total falta de nubes, y tan azul que delimita cada contorno del cerro que abraza la ciudad de León, en el centro del país.

sábado, 26 de novembro de 2011

Seca / Sequía

Falta água. Sobra terra.
Do alto do morro vejo a represa da cidade que vai minguando.
Mingua a água, que mingua a vida, que mingua o poço, que escasseia o cano, que já não chega à casa de Maria, que já não cozinha nem lava as mãos.
O menino de cara suja tem os pés no chão e quando corre levanta a poeira, que já não baixa.
Não há chuva, morre o gado e a lavoura acaba, definha, seca.
O milho já não dá pra tortilha e o Governo intervém. Subsidia o preço, que sobe no mercado, na quitanda, na venda de tacos.
O menino corre e pede: "um taco, por favor!"
Ele também tem sede. De água, de cuidado, de esperança.

Sequía


Falta agua. Sobra tierra.
Del alto del cerro veo la presa de la ciudad que se va menguando.
Mengua el agua, que mengua la vida, que mengua el pozo, que escasea la tubería, que ya no llega a la casa de María, que ya no cocina ni lava las manos.
El niño de cara sucia tiene los pies descalzos y cuando corre levanta el polvo, que ya no baja más.
No hay lluvia, muere el ganado y la agricultura se acaba, se desintegra, seca.
El maíz ya no alcanza para la tortilla y el Gobierno interviene. Subsidia el precio que sube en el mercado, en  la tienda de abarrotes, en la venda de tacos.
El niño corre y pide: "un taco, por favor!"
Él también tiene sed. De agua, de cuidados, de esperanza.

quarta-feira, 23 de novembro de 2011

A Cidade do Beijo // La Ciudad del Beso

Lá em Guanajuato, bem no centro do México, o prefeito se cansou de ver tanta gente se beijar. Talvez por ser mal amado ou por não ter a quem beijar. Talvez por ser carola e julgar obsceno ou pecado o que não é um ósculo santo. O fato é que ele decidiu que não queria mais ver ninguém se beijando, e a cidade que ficou conhecida como a Cidade do Beijo não poderia mais receber namorados, amantes, casados e amigos mais coloridos para se beijar.
É lá que em uma certa rua, centenas de turistas fazem fila para dar um beijo de amor e receber a sorte de viver feliz com seu amado por pelo menos sete anos.
Mas mesmo assim, apregoou o prefeito: Fica terminantemente proibido beijos  nas vias públicas desta cidade. Ficam sujeitos a multa e a ir para a prisão afiançável e  determinada pelo dólar do dia.
A medida causou alvoroço. Comoção nacional. Ebulição social. Não faltou quem dissesse que o prefeito estava louco. Que isso não iria acontecer e que deveriam fazer manifestações populares e até “impichar” (aliteração de impeachment) o prefeito. Todos os jornais do país noticiaram o fato. Os comentaristas e colunistas de plantão não falaram em outra coisa. Como pode alguém proibir o beijo?
As manifestações não tinham alcançado 24 horas e o prefeito foi a público dizer: “Senhoras e senhores, não se preocupem com isso. O beijo não está proibido e para provar que aqui todos podem se beijar, vamos promover o dia da Amizade para que todos que tenham um amigo ou amiga, namorada ou namorado, mãe, pai ou filho, venham a esta cidade para o maior evento do mundo: O Dia do Beijo!
Também, já aprovei uma campanha publicitária que vai transformar esta cidade na Capital Mundial do Beijo e nunca, ninguém, jamais vai se esquecer que só aqui em Guanajuato há tantos amantes e tantos beijos ardentes.”
Se foi um golpe publicitário, se a verba da publicidade já estava aprovada, se  foi algum prenúncio de safadeza política, ninguém nunca provou, mas o que aconteceu é que a fama da pequena Guanajuato atravessou províncias, estados, países e mares desse mundo globalizado. E como antes, a cidade continua a ser visitada por gente de todo o mundo, que procura sua mais famosa rua para se beijar e ter sorte no amor.


 La Ciudad del Beso


Allá en Guanajuato, bien en el centro de México, el alcalde se cansó de ver tanta gente a besarse. Tal vez por ser mal amado o por no tener a quién besar. Tal vez por ser beato y juzgar obsceno o pecado lo que no es un ósculo santo. El hecho es que él decidió que no quería más ver a nadie besándose y la ciudad que se hizo conocida por ser la Ciudad del Beso no podría más recibir novios, amantes, matrimonios y amigos de colores a besaren se.
Es allá que en una cierta calle, cientos de turistas hacen fila para dar un beso de amor y recibir la suerte de vivir feliz con su amado/a por al menos siete años.
Pero mismo así, predicó el alcalde: Queda terminantemente prohibido los  besos en las vías públicas de esa ciudad. Quedan sujetos a multa y a ir a la cárcel afianzable y  determinada por el dólar del día.
La determinación causó alboroto. Conmoción nacional. Ebullición social. No faltó quién dijera que el edil estaba loco. Que eso no iría suceder y que deberían hacer manifestaciones populares y hasta “empichar” (aliteración de impeachment) el alcalde. Todos los periódicos del país noticiaron el hecho. Los comentaristas y columnistas de turno no hablaron en otra cosa. ¿Cómo puede alguien prohibir el beso?
Las manifestaciones no permanecieron por 24 horas y el edil fue a público decir: “Señoras y señores, no se preocupen con eso. El beso no está prohibido y para probar que aquí todos pueden besarse, vamos promover el Día de la Amistad para que todos que tengan un amigo o amiga, novia o novio, madre, padre o hijo, vengan a esa ciudad para el mayor evento del mundo: El Día del Beso! También ya aprobé una campaña publicitaria que va trasformar esa ciudad en la Capital Mundial del Beso y nunca, nadie, jamás va a olvidarse que solamente aquí en Guanajuato hay tantos amantes y tantos besos ardientes.”
Si fue un golpe publicitario, si la verba de publicidad ya estaba aprobada, si  fue algún prenuncio de travesura política, nadie nunca pudo probarlo, pero lo que pasó es que la fama de la pequeña Guanajuato ya atravesó provincias, estados, países y mares de ese mundo globalizado. Y como antes, la ciudad continúa a ser visitada por gente de todo el mundo, que busca su más famosa calle para besarse y tener suerte en el amor.

Las Mañanitas

Era domingo e eu ainda dormia. Uma canção invadiu meu sonho, mas logo vi que ela era bem real. Despertei com as "mañanitas", cantada por um alegre coro matinal. Uma serenata que nascia com o sol. Um grupo de amigos queridos, mexicanos, por certo.
"Essas são as "mañanitas" que cantava o Rei Davi, às "muchachas" bonitas cantamos hoje a ti. Desperta, Cláudia, desperta, veja que já amanheceu. Já os passarinhos cantam, a lua já se foi."
E então, já acordada, mas de pijamas, abri a janela e agradeci.
Em seguida, eles se foram e me deixaram com um bom sabor de boca, como se diz por aqui, e o coraçao cheio com a doce canção da manhã daquele dia do meu aniversário.


Las mañanitas

Era domingo e yo aún estaba dormida. Una canción invadió mi sueño, pero pronto vi que ella era muy real. Me desperté con las mañanitas, cantada por un alegre coro matinal. Una serenata que nacía con el sol. Un grupo de amigos queridos, mexicanos, por cierto.
"esas son las mañanitas que cantaba el rey David, a las muchachas bonitas y se la cantamos a ti. Despierta, Claudia, despierta, mira que ya amaneció, ya los pajaritos cantan, la luna ya se metió."
Y entonces, ya despierta, pero en piyamas, abrí la ventana y los agradecí.
En seguida, ellos se fueron y me dejaron con un buen sabor de boca, como se dice por aquí y el corazón lleno con la dulce canción de la mañana de aquel día de mis cumpleaños.

quinta-feira, 10 de novembro de 2011

Dia dos Mortos / El Día de los Muertos

A morte. Tema recorrente. Um tanto impertinente, mas intermitente nesta terra que a adora.
Altar e velas, flores, fitas, sementes, fotos e saudades.
Assim celebrada, recordada, venerada.
A comida que mais gostava e sua cor favorita (do defunto).
Resta a dor, um tanto esquecida e amarelecida pelo tempo.
A lembrança e a esperança no além.
Morte, santa morte, virgem de pregarias saudosas.
Sempre, todos os anos, no dia dos mortos.
No altar, bolo com ossos açucarados pela vida, de quem o come, comemorando a morte, celebrando a vida dos que ainda podem oferecer memória aos que se foram.
E Catrina, Ah, Catrina. Ex-gente vestida com glamour que ensina a encarar a morte em elegante espera.
.........................................................................................................

O Dia dos Mortos é celebrado com grande festa no México.
Nas casas, nos mercados, nas lojas e nas escolas, altares são erguidos para relembrar os que se foram.
Podem ser artistas, pai ou mãe, professores, ou de quem mais se puder lembrar e ali estão suas fotografias.
Nesses altares são feitas oferendas de comidas e bebidas, de flores e velas, de acordo com a memória de quem partiu.
E o bolo mais vendido, comprado e dado neste dia é o "Pan de Muerto", com massa a base de manteiga e com adornos de pequenos ossos, imitando um esqueleto humano e por cima, uma fina camada de açúcar.
Assim celebram há muitos anos, o dia dos que se foram, a memória dos entes queridos, herança de uma terra indígena que se mesclou à cultura espanhola e insistiu na religiosidade e na fé em outros céus e outras terras depois da morte.
E contam que foi Diego Rivera quem batizou a criação do esqueleto elegante, que se veste de dama espanhola, quem foi índia e pobre toda sua vida. Morte que te quero bonita, para sempre feliz!


El Día de los Muertos


La muerte. Tema recurrente. Un tanto impertinente, pero intermitente en esta tierra que la adora.
Altar y velas, flores, listones, semillas, fotos y “saudades”.
Así celebrada, recordada, venerada.
La comida que más le gustaba y su color favorita (del difunto).
Resta el dolor, un tanto olvidada y amarillecida por el tiempo.
El recuerdo y la esperanza en lo más allá.
Muerte, santa muerte, virgen de plegarias nostálgicas.
Siempre, todos los años, en el día de los muertos.
En  el altar, pan con huesos azucarados por la vida, de quién lo come, conmemorando la muerte, celebrando la vida de los que aún pueden ofertar memoria a los que se fueron.
Y Catrina. Ah, Catrina! Ex-gente vestida en glamourque enseña a encarar la muerte con elegante espera.
..........................................................................................................
                                       
El Día de los Muertos es celebrado con gran fiesta en México.
En las casas, en los mercados, en las tiendas y en las escuelas, altares son erigidos para recordar a los que se fueron.
Pueden ser artistas, padre o madre, maestros, o de quién más se pueda acordar y allá están sus fotografias.
En eses altares son hechas ofrendas de comidas y bebidas, de flores y velas, de acuerdo con la memoria de quién partió.
Y el pan más vendido, comprado y regalado en ese día es el "Pan de Muerto", con masa a base de mantequilla y adornos de pequeños huesos, que imitan un esqueleto humano, por encima, una fina capa de azúcar.
Así celebran desde hace muchos años, el día de los que se fueron, la memoria de los entes queridos, herencia de una tierra indígena que se mezcló a la cultura española e insistió en la religiosidad y en la fe en otros cielos e otras tierras después de la muerte.
Y cuentan que fou Diego Rivera quién bautizó la creación del esqueleto elegante, que se viste de dama española, quién fue indígena y pobre por toda la vida. Muerte que te quiero bonita, para siempre feliz!

segunda-feira, 26 de setembro de 2011

Até quando? / ¿Hasta cuando?

Quem disse que o México não é de ninguém?
É sim, é dos mexicanos!
Quem disse que a bandalheira tomou conta das ruas, das praças e das cidades?
O povo ainda está aqui!
Quem são os que lutam pelo país?
Aqueles que ainda tem orgulho de ser mexicano.
Até quando vai essa guerra?
Quando houver respaldo popular, quando a sociedade, de verdade, se manifestar. Quando o grito pela verdade e pela justiça realmente soar e quando os que podem falar, assumirem este seu poder e os que pensam em seus bolsos forem substituídos; quando o povo tiver educação e aprender os seus direitos. Quando a transparência for explícita e os interessados em governar queiram fazê-lo pelos outros e não por eles mesmos.
Vai terminar??

¿Hasta cuando?

¿Quién dice que México no es de nadie?
¡Si, es de los mexicanos!
¿Quién dice que la bandidaje tomó cuenta de las calles, de los jardines y de las ciudades?
¡El pueblo todavía está aquí!
¿Quién son los que luchan por el país?
Aquellos que aún tienen orgullo de ser mexicano.
¿Hasta cuándo va a ir esa guerra?
Hasta cuando haya apoyo popular, cuando la sociedad, de verdad, se manifestar. Cuando el grito por la verdad y por la justicia realmente sonar y cuando los que pueden hablar asuman este su poder y los que piensan en sus bolsillos sean sustituidos; cuando el pueblo tenga educación y aprenda  sus derechos. Cuando la transparencia sea explícita y los interesados en gobernar quieran hacerlo por los otros y no por ellos mismos.
¿Va a terminar??

quinta-feira, 22 de setembro de 2011

Uma vela por todos eles / Una vela por todos ellos

O corpo pálido e suave se desfaz no calor da chama que ela mesma sustenta inexorável, persistente.
As lágrimas que escorrem densas e incólumes não espreitam a dor, não reclamam pranto
Só, se derrete,
infla
encolhe
espera o fim, até que seja nada
resto de vida, de luz, de sorte
Ora pro nobis
Em penumbra se apaga
já não existe,
apenas escuridão
e morte.

Já são 45 mil mortos nessa guerra, nesse país de meu Deus.

Una vela por todos ellos

El cuerpo pálido y suave se deshace en el calor de la llama que ella misma sostene inexorable, persistente.
Las lágrimas que escurren densas e incólumes no acechan el dolor, no reclaman llanto
Sola, se derrite,
infla.
encoje
Espera por el fin, hasta que sea nada
Resto de vida, de luz, de suerte
Ora pro nobis
En penumbra se apaga,
ya no existe,
a penas oscuridad
y muerte.

Ya son 45 mil muertos en esa guerra, en ese país de mi Dios.

quarta-feira, 21 de setembro de 2011

Flores das saudades / Flores de los anhelos

Ai ai
Que tem?
Saudade
De quem?
do cravo, da rosa, da malva cheirosa.(canção popular brasileira)

O cultivo de jardim não é uma prática mexicana, mas tenho visto flores de muitas espécies e acredito que de todas que há aqui, também há no Brasil e vice-versa.
Da minha infância trago a lembrança da espirradeira, pequena árvore frondosa em flores de cor rosa que enfeitava nosso jardim.
Da juventude, o cheiro forte do arbusto com folhas de palmeira que trazia no centro um grande abacaxi. Nunca soube seu nome, o tenho na memória do olfato.
Mas a que eu mais gosto é aquela que só exala perfume quando já é noite, quando sopra a brisa suave, quando o ar é mais leve e acolhedor, como os sonhos e as doces lembranças, e que semeei em meu jardim mexicano. Cada noite que chego em casa, ela me alegra e refresca com seu aroma tão forte e tão suave, tão doce como o veneno, tão único como costumam ser os solitários. Então, numa dessas noite atravessei o jardim e seu perfume me encheu as narinas, alcançou minha alma e o meu coração. Invadiu-me a nostalgia, incensando lembranças de infância, ardendo o calor das noites de verão, cálidas como as memórias que abraço agora. Arranquei um ramo pra que ele transpirasse em meu quarto doces sonhos cozidos no mel que exala essa Dama da Noite, que é igual aqui como a de lá.

Flores de los anhelos

Ai ai
¿Que tiene?
Anhelo
¿De quién?
del clavo, de la rosa, de la malva perfumada.(canción popular brasileña)

El cultivo de jardines no es una práctica mexicana, pero he visto flores de muchas especies y creo que de todas las que hay aquí, también hay en Brasil y viceversa.
De mi niñez traigo el recuerdo de la adelfa, pequeño árbol frondoso en flores de color rosa que adornaba nuestro jardín.
De la juventud,  el aroma fuerte del arbusto con hojas de palmas que traía en el centro una gran piña. Nunca supe su nombre, lo guardo en la memoria del olfato.
Pero la que más me gusta es aquella que solo exhala perfume cuando ya es noche, cuando sopla la brisa suave, cuando  el aire es más ligero y acogedor, como los sueños y los dulces recuerdos y que sembré en mi jardín mexicano. Cada noche que llego a casa, ella me alegra y refresca con su aroma tan fuerte y suave, tan dulce como el veneno, tan único como solen ser los solitarios. Entonces, en una de esas noches atravesé el jardín y su perfume me llenó las narices, alcanzó mi alma y  mi corazón. Me invadió la nostalgia, incensando recuerdos de niñez, ardiendo el calor de las noches de verano, cálidas como las memorias que abrazo ahora.
Arranqué una rama para que ella traspirase en mi cuarto dulces sueños cocidos en la miel que exhala esa Dama de la Noche, que es igual aquí como la de allá.

segunda-feira, 19 de setembro de 2011

A Paloma e a Tequila / La Paloma y el tequila

Dizem que antigamente mulher que bebia era mal vista. Mas dizem também que uma verdadeira mexicana nunca deixou de tomar sua tequila. Tudo tinha que ser escondido, e nas festas, ahhh, era muito chato! Ficar morrendo de vontade de tomar uma tequila e não poder, enquanto todos se divertiam, dançavam e nada de beber!
Foi então, é o que contam por aqui, que surgiu a PALOMA, bebida de mulheres: tequila disfarçada de refresco. Ninguém pensava que era tequila, que poderia embriagar, que condenaria a moça por maus costumes.
A receita, simples e deliciosa, levava tequila, limão e soda.
E assim, as mulheres podiam tomar tequila e dançar como palomas. Até hoje, o costume perdura, porque tequila é boa de qualquer maneira.

La paloma y el tequila


Dicen que antiguamente mujer que bebía era mal hablada. Pero dicen también que una verdadera mexicana nunca dejó de tomar su tequila. Había que ser a escondidas, y en las fiestas, ahhh, era muy aburrido! Quedarse  muriendo de ganas de tomar un tequila y no poder, mientras todos se divertían, bailaban y nada de tomar!
Fue entonces, es lo que cuentan por aquí, que surgió la PALOMA, bebida de mujeres: tequila disfrazado de refresco. Nadie pensaba que era tequila, que podría embriagar, que condenaría la muchacha por malas costumbres.
La receta, sencilla  y deliciosa, levaba tequila, limón y soda.
Y así, las mujeres podrían tomar el tequila y bailar como palomas. Hasta hoy, la costumbre perdura, porque tequila es rico de cualquier manera.

quinta-feira, 15 de setembro de 2011

Quero gritar! / ¡Quiero gritar!

Uns gritam de dor. Outros gritam de raiva. Mas também há gritos de alegria, de esperança e de amor.
Gritos de desespero, de morte, mas também de vida.
Gritos que ameaçam, que assustam, que avisam o perigo, outros que querem liberdade.
Gritos egoístas e gritos humanitários.
Às vezes são uivos, às vezes gargalhadas.
Audíveis, ensurdecedores ou apenas silenciosos gestos que gritam.
Pode gritar a boca, o corpo ou a alma.
Um povo inteiro ou apenas um grito solitário.
Pode ser o GRITO de Hidalgo, um padre que gritou pela liberdade de seu povo, que enfrentou uma sociedade inteira, que continuou a gritar até morrer fuzilado, gritou em silêncio, até o último fôlego, e que grita até hoje, depois de sua morte.
15 de setembro. Amanhã é feriado de norte ao sul do país. Mexicanos ao grito uníssono, à meia noite, nas praças das cidades, na casa de amigos, vestidos em trajes típicos, cantando o hino nacional, comendo pozole, gritam de novo o grito de Hidalgo: Viva México!
Mas hoje eu também vou gritar, com metade do meu coração que se fez mexicano, que absorveu seus cheiros, seus sabores, seus amores. Vou gritar com toda minha força: Viva México feliz! Viva México a paz! Viva México a alegria de distribuir justiça! Viva México que trabalha! Viva México da tequila, dos mariachis vestidos de gala de noite e de dia! Viva México honesto! Viva México consciente de seus direitos e deveres!
Viva para sempre sem guerra, sem bandidagem, sem narcotráfico! Viva a família sem perdas de filhos, de pais, de irmãos! Viva em PAZ! Viva México para sempre!

¡Quiero gritar!

Unos gritan de dolor. Otros gritan de enojo. Pero también hay gritos de alegría, de esperanza y de amor. Gritos de desespero, de muerte, pero también de vida.
Gritos que amenazan, que asustan, que avisan del peligro, otros que quieren libertad.
Gritos egoístas y gritos humanitarios.
A veces son aullidos, a veces carcajadas.
Audibles, ensordecedores o a penas silenciosos gestos que gritan.
Puede gritar la boca, el cuerpo o el alma.
Un pueblo entero o apenas un grito solitario.
Puede ser el GRITO de Hidalgo, un padre que gritó por la libertad de su pueblo, que enfrentó una sociedad entera, que continuó a gritar hasta morir fusilado, gritó en silencio, hasta el último aliento, y que grita hasta hoy, después de su muerte.
15 de setiembre. Mañana es feriado de norte a sur del país. Mexicanos al grito unísono, a la media noche, en los zócalos de las ciudades, en la casa de amigos, vestidos en trajes típicos, cantando el himno nacional, cenando el pozole, gritan de nuevo el grito de Hidalgo: Viva México!
Pero hoy yo también voy a gritar, con la mitad de mi corazón que se hizo mexicano, que absorbió sus aromas, sus sabores, sus amores. Voy a gritar con toda mi fuerza: ¡Viva México feliz! Viva México la paz! Viva México la alegría de distribuir justicia! Viva México que trabaja! Viva México de la tequila, de los mariachis vestidos de gala de noche y de día! Viva México honesto! Viva México consciente de sus derechos y deberes!
Viva para siempre sin guerra, sin bandidaje, sin narcotráfico! Viva la familia sin perdidas de hijos, de padres, de hermanos! Viva en PAZ! Viva México para siempre!

segunda-feira, 12 de setembro de 2011

Os doces Mexicanos... / Los dulces Mexicanos...

Doce e salgado, azedo e picante,
todos os sabores do amor.


Los dulces mexicanos...

Dulce y salado, agrio y picante,
todos los sabores del amor.

segunda-feira, 29 de agosto de 2011

As Ladies de Polanco

Madrugada de domingo, duas amigas voltavam da "pachanga" (balada, agito, festa). Ninguém sabe se elas estavam alcoolizadas, e ninguém tentou saber.
Barradas em uma blitz da polícia local, na Cidade do México, as mulheres ficaram iradas, não quiseram se submeter à patrulha, não quiseram conversar, nem escutar nenhum guarda falar. Saíram do carro gritando, xingando o guarda, a mãe do guarda, a blitz e quem mais aparecesse por ali. Mediram força e poder e deram um safanão no policial.
Eram indignação explícita: delas para a patrulha e pra quem assistia o show que protagonizavam.
Em tempos de redes sociais, telefones inteligentes e câmeras onipresentes, das ruas de Polanco (bairro nobre da cidade), foram parar no You Tube.
Quando suas identidades foram reveladas, soubemos que se tratava de uma ex-miss e uma ex-BBMéxico (versão mexicana do programa Big Brother).
E assim, de fama em fama...As Ladies de Polanco!
Mas o que eu queria mesmo saber é por que as ladies ficaram tão bravas com os policiais!!
Aí está o vídeo que correu o mundo.



Madrugada de domingo, dos amigas regresaban de la "pachanga".
Nadie sabe si estaban alcoholizadas, y tampoco alguien intentó saberlo.
Barradas en una blitz de la policía local, en la Ciudad de México, las mujeres se quedaron iradas, no quisieron se someter a la patrulla, no quisieron platicar, ni escuchar ninguno guardia hablar.
Salieron del coche gritando, regañando al guardia, a la madre del guardia, a la blitz y a quién más apareciera por allí. Midieron fuerza y poder y pegaron al policía.
Eran la indignación explícita: de ellas para con la patrulla y para quién asistía al show que protagonizaban.
En tiempos de las redes sociales, teléfonos inteligentes y cameras omnipresentes, de las calles de Polanco (barrio noble de la ciudad), fueron parar en el You Tube.
Cuando sus identidades fueron reveladas, supimos que se trataba de una ex-miss y una ex-BBMéxico (versión mexicana del programa Big Brother).
Y así, de fama en fama...Las Ladies de Polanco!
Pero lo que a mi realmente me  gustaria saber es que por que las ladies se quedaron tan enojadas con los policias!!!
Ahí está el video que corrió el mundo.

quinta-feira, 25 de agosto de 2011

Electrolit para todos

Eles estão em grandes bacias com gelo a disposição de quem precisar.
Estão nas farmácias, nas lojas de conveniência, nos supermercados, ao alcance de todos.
Garrafinhas de líquido amarelo ou rosa. Ou ainda em garrafões, de onde se pode encher seu próprio copo.
Geladinhos, refrescantes, desintoxicantes, para colocar em ordem o que desandou.
Aqui se chama Eletrolite. No Brasil, seria apenas soro com nomes variáveis.
A primeira vez que dei de cara com esse produtinho tão corriqueiro à rotina mexicana, me perguntei por que seria tão acessível, tão necessário, tão facilmente disponibilizado.
A resposta não tardou muito a chegar.
Com tantos carrinhos e tendinhas nas ruas, com comida apetitosa (esquites: milho cozido em grãos com creme branco, queijo de cabra, limão, sal e pimenta vermelha; gaspachos: frutas picadas com suco de laranja e pimenta agridoce com pimenta doce em pó; tacos, taquitos e tacões; guacamayas: pão francês recheado com torresmo em barra - aqui conhecido como duro - maionese, vinagrete picante e fatias de abacate; entre muitas outras coisas), mas nem sempre bem acondicionada ou refrigerada, é certo que há muitos transtornos intestinais.
Assim, qualquer desarranjo, basta correr à primeira esquina e comprar, bem geladinho, um eletrolite.

Electrolit para todos

Ellos están en grandes tinas con hielo a disposición para quién lo necesite.
Están en las farmacias, en las tiendas de conveniencia, en los supermercados, al alcance de todos.
Botellitas con líquido amarillo o rosa. O aún en garrafones, de donde se puede llenar su propio vaso.
Fríos, refrescantes, desintoxicantes, para poner en orden lo que desando.
Aquí se llama Eletrolite. En Brasil, sería a penas soro con nombres variables.
La primera vez que di de cara con ese productito tan corriente a la rutina mexicana, me pregunté porque sería tan accesible, tan necesario, tan fácilmente disponible.
La respuesta no tardó mucho a llegar.
Con tantos carritos y puestitos en las calles, com alimentos apetitosos (esquites: maíz cocido en granos con crema blanca, queso de cabra, limón, sal y chili; gazpachos: frutas picadas con jugo de naranja y chili agridulce con chili en polvo; tacos, taquitos e tacones; guacamayas: bolillo relleno de duro, mayonesa, pico de gallo y rebanadas de aguacate; entre muchas otras cosas), pero ni siempre bien acondicionados o refrigerados, es cierto que hay muchos trastornos intestinales.
Así, cualquier desarreglo, basta correr a la primera esquina y comprar, bien heladito, un eletrolite.

quarta-feira, 24 de agosto de 2011

Assim como as duas Fridas / Así como las dos Fridas

 Para minha amiga-irmã Vanusa
Las dos Fridas - de Frida Kahlo
 
Tem gente que tem dois corações.
Frida Kahlo tinha os conflitos de sua rica louca vida, assim, seus sentimentos não cabiam em só um seu coração.
Tem gente que tem coração dividido em muitos pedaços.
Pedaços de gente ou de alma.
Pedaços de dor ou cacos de amor.
Tem gente com coração contido. Coração simplício, coração cansado, triste, mal amado.
Tem gente com coração viajante, gente de coração cigano.
Coração cigano que não se aquieta.
Que não pode estar em um só lugar.
Se passa muito tempo em alguma paragem,  já começa a bater mais forte - sinal de um pedido para trasladar-se.
Coração que é cigano se agita quando está aqui e não pode estar lá. Mas quando está lá já quer voar outra vez.
O coração cigano é também estrangeiro, pois não tem pátria, não tem parada, não tem lugar. Está para sempre dividido entre a gente e as paragens por onde andou.
Se parte, sente saudades; se fica, sente dor.
O coração cigano tem que estar sempre em movimento. Roda gigante do parque de diversões que é sua alma: tanta gente, tantos lugares nesse mundão de meu Deus, onde será sempre um vagabundo aprendiz.
E me lembro da canção que diz: "meu coração vagabundo quer guardar o mundo em mim..."

Así como las dos Fridas
Para mi amiga-hermana Vanusa
Las dos Fridas - de Frida Kahlo

Hay gente que tiene dos corazones.
Frida Kahlo tenía los conflictos de su rica loca vida, así, sus sentimientos no cabían en un solo de sus corazones.
Hay gente que tiene el corazón dividido en muchos pedazos.
Pedazos de gente o de alma.
Pedazos de dolor o fragmentos de amor.
Hay gente con corazón contenido. Corazón simple, corazón cansado, triste, mal amado.
Hay gente con corazón viajante, gente de corazón gitano.
El corazón gitano no se aquieta.
No puede estar en un solo lugar.
Si pasa mucho tiempo en algún paraje,  ya empieza a latir más fuerte - señal de un pedido para trasladarse.
Corazón que es gitano se agita cuando está aquí y no puede estar allá. Pero cuando está allá ya quiere volar otra vez.
El corazón gitano es también extranjero, pues no tiene patria, no tiene parada, no tiene lugar. Está para siempre dividido entre la gente y los parajes por donde ando.
Si parte, siente saudades; si se queda, siente dolor.
El corazón gitano tiene que estar siempre en movimiento. Rueda gigante del parque de diversiones que es su alma: tanta gente, tantos lugares en ese mundón de mi Dios, donde será siempre un vagabundo aprendiz.
Y mi acuerdo de la canción que dice: “mi corazón vagabundo quiere guardar el mundo en mi...”

terça-feira, 23 de agosto de 2011

Paco, o pedreiro / Paco, el albañil

Anita sempre me conta histórias. Suas histórias são reais, por isso gosto tanto delas.
Ainda outro dia, ela me contou mais uma. 
O Paco era casado com Vero. Ela estava grávida, assim de uns 6 meses, descrevia Anita. Já era o segundo filho do casal.
Paco era pedreiro, mas nunca gostou de trabalhar. Vero sempre trabalhou, mas com aquele barrigão já começava a sentir-se cansada.
Já fazia uns três meses que Paco estava sem trabalho, mas todos os dias saia de casa para procurar algum bico, e voltava sem nada.
Vero começou a desconfiar que Paco estava mentindo e decidiu ir com ele procurar emprego.
Andavam por várias ruas até encontrar uma construção, e quando viam alguma, ele pedia que ela o esperasse que iria falar com o mestre da obra.
Chegando lá, Vero a uma certa distância, o esperava. E ele começava a conversar:
- O que vão fazer aqui?
- Que bonita obra!
- Estão construindo bastante ultimamente, não é verdade?
E Vero, esperando, torcendo, rezando, pedindo a Deus que dissessem Sim ao seu marido, que lhe dessem um trabalho.
E Paco voltava:
- Vê, não têm vaga! Não existe trabalho! As coisas estão muito difíceis!
E os dois voltavam pra casa, ele disfarçando uma cara bem triste. Ela, preocupada com a chegada do bebê.
- Uma hora aparece, nego!
- É, uma hora aparece, querida!


Paco, el albañil

Anita siempre me cuenta historias. Son siempre historias reales, por eso me gustan tanto.
Otro día aún, ella me contó una más.
Paco estaba casado con Vero. Ella estaba embarazada, así de unos 6 meses, describía Anita. Ya era el segundo hijo de la pareja.
Paco era albañil, pero nunca le gustó trabajar. Vero siempre había trabajado, pero con aquel panzón ya empezaba a cansarse.
Ya hacía unos tres meses que Paco estaba sin trabajo, pero todos los días salía de casa para buscar chamba, y regresaba sin nada.
Vero empezó a desconfiar que Paco le estuviera mintiendo y decidió a irse con él a buscar trabajo.
Caminaban por varias calles hasta encontrar una construcción,  y cuando veían alguna, él pedía que ella lo esperara porque iba a hablar con el maestre de la obra.
Llegando allá, Vero a una cierta lejanía, lo esperaba. Y él empezaba a platicar:
- ¿Que van a hacer aquí?
- ¡Qué bonita obra!
- Están construyendo muchas últimamente, ¿no es verdad?
Y Vero, esperando, echando porras, rezando, pedía a Dios que le dijeran Si a su marido, que le dieran un trabajo.
Y Paco volvía:
- Ves, ¡no hay cupo! ¡No existe trabajo! ¡Las cosas están muy difíciles!
Y los dos regresaban a casa, él disfrazando una cara bien triste. Ella, preocupada por la llegada del bebe.
- ¡Una hora aparece, cariño!
- ¡Si, una hora aparece, querida!

segunda-feira, 22 de agosto de 2011

Futebol e violência / Futbol y violencia

"Isto não é o que somos, mas uma realidade contra a qual temos que lutar", foi a declaração do presidente do Santos de Torreón, Alejandro Irarragorri depois que um atordoante tiroteio levou torcedores ao chão, como única alternativa de defesa, e jogadores em campo ao vestiário. Vítimas de uma nação em guerra. Reflexo da vida nas ruas de cidades tomadas pelo grupo organizado: a morte pode estar a cada esquina.
O jogo entre Santos e Morelia acontecia na cidade de Torreón, ao norte do país, uma das zonas de grandes conflitos entre grupos de narcotraficantes e tropas governamentais.
Gente que não sabia aonde ir, nem como reagir. Misto de medo e solidariedade, visíveis  em situações extremas. Desespero e coragem intensos. Sós mas em grupo. Massa, povo, que unido e consciente podem ser muito fortes.
Como declarou Alejandro, a luta pela unidade, contra a corrupção, a favor dos interesses de uma nação é o que precisa o México, a exemplo de países em guerra, que puderam reconstruir-se e reinventar-se, transformando-se com novos valores.
PS - Desta vez, não houve nenhuma morte.


 Futbol y violencia
"Eso no es lo que somos, pero una realidad contra la cual tenemos que luchar", fue la declaración del presidente de Santos de Torreón, Alejandro Irarragorri después que una asordante balacera llevó porristas al suelo, como única alternativa de defensa, y jugadores en campo al vestuario. Víctimas de una nación en guerra. Reflejo de la vida en las calles de ciudades tomadas por el grupo organizado: la muerte puede estar a cada esquina.
El juego entre Santos y Morelia sucedía en la ciudad de Torreón, al norte del país, una de las zonas de grandes conflictos entre grupos de narcotraficantes y tropas gubernamentales.
Gente que no sabía adónde ir, ni cómo reaccionar. Misto de miedo y solidaridad visibles en situaciones extremas. Desespero y coraje intensos. Solos pero en grupo. Masa, pueblo, que unido y consciente pueden ser muy fuertes.
Como declaró Alejandro, la lucha por la unidad, contra la corrupción, a favor de los intereses de una nación es lo que necesita México, a ejemplo de los países en guerra, que pudieron reconstruirse y reinventarse, transformándose con nuevos valores.
PD - De esta vez no hubo ninguna muerte.

quinta-feira, 18 de agosto de 2011

Brasil X México

Campeonato da categoria Sub20, na Colômbia. México e Brasil jogariam pela final.
Mexicanos e brasileiros, cada um por seu time.
Fanáticos esperançosos de olhos nos pés dos possíveis titulares de suas seleções em um breve futuro.
Meninos ainda, com sorte e muita expectativa em uma carreira de sucesso, fama e dinheiro.
Neste caso, as torcidas estavam indivisiveis, imcompartilháveis e concorrentes até os dentes.
O México tomou uma lavada do time brasileiro, que desperado, depois de levar dois gols, corria atrás da bola com poucas chances de agarrá-la.
Antes de que o jogo terminasse, os meninos mexicanos pediam ao juiz que encerrasse a partida. Apontavam o relógio e faziam sinal de que o tempo já estava esgotado.
O juiz sem dó, sem pena, esticou o jogo para desespero da torcida mexicana, para agonia dos jovens jogadores e alegria de muitos brasileiros.
Digamos que quando há embate, os ânimos não são muito amistosos.

Brasil X México

Campeonato de la categoría Sub20, en Colombia. México y Brasil jugarían por la final.
Mexicanos y brasileños, cada quién por su equipo.
Fanáticos esperanzados, de ojos en los pies de los posibles titulares de sus selecciones en un breve futuro.
Niños aún, con suerte y mucha expectativa en una carrera de éxito, fama y dinero.
En ese caso, los porristas estaban indivisibles, incompatibles y concurrentes hasta los dientes. El México tomó una lavada del equipo brasileño, que desesperado, después de llevar dos goles, corría atrás del balón con pocas chances de agarrarla.
Antes que el juego terminara, los niños mexicanos pedían al árbitro que encerrara la partida. Apuntaban el reloj y hacían señal de que el tiempo ya se agotara.
El árbitro sin pena, estiró el partido para desespero de la porra mexicana, agonía de los jóvenes jugadores y alegría de muchos brasileños.
Digamos que cuando hay embate, los ánimos no son muy amistosos.

segunda-feira, 15 de agosto de 2011

E por falar em futebol! / ¡Y por hablar en futbol!

Quem é que mais gosta do esporte?
Brasileiros, ingleses, argentinos, mexicanos?
O que vejo é que mexicano e brasileiro têm mesmo muito em comum.
Um coração parecido, simpatia semelhante, paixões quase iguais.
Mexicano gosta de festa, de beber, de mulher bonita.
Gosta de bola e muito de futebol.
Torcem com a mesma paixão brasileira, ou seria mexicana?
E depois de torcer pelo México, torcem pelo Brasil.
Isso mesmo, primeiro o time do coração patriota, depois o outro time do coração amigo.
Amam a Pelé, de quem muitos se lembram da Copa de 70, que aconteceu aqui.
Tenho um vizinho que tem um pôster 1X1, dele ainda menino, ao lado do Rei, bem a vista de quem entra  na antessala de sua casa.
E torce aqui, torce "allá", o coração bate a cada gol. E mexicano e brasileiro, cada vez se parecem mais!

¡Y por hablar en futbol!

¿A quién más le gusta el deporte?
¿Brasileños, ingleses, argentinos, mexicanos?
Lo que veo es que mexicano y brasileño tienen mismo mucho en común.
Un corazón parecido, simpatía semejante, pasiones casi iguales.
Al mexicano le gustan las fiestas, tomar, las mujeres bonitas.
Le gusta el balón y mucho al futbol.
Echan porras con la misma pasión brasileña, ¿o sería mexicana?
Y después de echar porras al México, echan porras por Brasil.
Eso mismo, primer el equipo del corazón patriota, después el otro equipo del corazón amigo.
Aman a Pelé, de quién muchos se recuerdan del Mundial del 70, que sucedió aquí.
Tengo un vecino que tiene un poster 1X1, de él aún niño, a un lado del Rey, bien a la vista de quién entra  en la antesala de su casa.
Y porras de aquí, porras de allá, el corazón late a cada gol. Y el mexicano y el brasileño, cada vez se parecen más.

quinta-feira, 11 de agosto de 2011

Quem inventou o futebol? / ¿Quién inventó al futbol?

Bola de meia, bola de gude. Bola de borracha, "hule", látex, maciça.
Quem inventou o futebol? Os ingleses ou os aztecas? Eis a questão!


Os aztecas  não jogavam o jogo de pelota ou tlachtlli só com os pés, ou melhor, jogavam com os pés, com as nádegas, os cotovelos e as coxas das pernas - músculos fortalecidos por tantos impactos e exercícios para mandar a bola pro gol: um círculo de pedra por onde a bola deveria passar. O uso das mãos era proibido.
Dois times, muitas apostas em ouro, pedras preciosas e até casas.
Como quase tudo que faziam os aztecas, o tlachtli tinha um significado religioso e místico. Se supunha que todo o recinto do jogo era o mundo, onde a bola cumpria as funções de um astro, que tanto poderia ser o sol como a lua. Tlachtli, de acordo com a interpretação sagrada, significava o céu onde as divindades ou as criaturas sobrenaturais jogavam a bola com alguns astros.
Mas ao contrário do que vemos hoje, quem ganhava o jogo tinha o privilégio de se dar mal, muito mal!
Privilégio porque perder era uma desonra, e ao ganhar, todos os jogadores eram oferecidos em sacrifício aos seus deuses. Seus corações eram arrancados e oferecidos de bandeja.
Tudo era uma questão de perspectiva.
Ganhar ou perder era um grande risco.

¿Quién inventó al futbol?

Pelota de calcetín, pelota canica. Pelota de hule, látex, maciza.
¿Quién inventó al futbol? ¿Los ingleses o los aztecas? ¡E la cuestión!
Los aztecas  no jugaban el juego de pelota o tlachtlli solamente con los pies, o mejor, jugaban con los pies, las nalgas, los codos y los muslos de las piernas - muslos fortalecidos por tantos impactos y ejercicios para mandar la pelota hacia el gol: un círculo de piedra, por donde la pelota debería de pasar. El uso de las manos estaba prohibido.
Dos equipos, muchas apuestas en oro, piedras preciosas y incluso casas.
Como casi todo que hacían los aztecas, el tlachtli tenía un significado religioso y místico. Se suponía que todo el recinto del juego era el mundo, donde la pelota cumplía las funciones de un astro, que bien podía ser el sol o la luna. Tlachtli significaba, de acuerdo a una interpretación sagrada, el cielo donde las divinidades o las criaturas sobrenaturales jugaban a la pelota con algunos de los astros.
Pero al contrario de lo que vemos hoy, quién ganaba el juego tenía el privilegio de quedarse mal, muy mal!
Privilegio porque perder era una deshonra, y al ganar, todos los jugadores eran ofrecidos en sacrificio a sus dioses. Sus corazones eran arrancados y ofrecidos en charolas.
Todo era una cuestión de perspectiva.
Ganar o perder era un gran riesgo.

segunda-feira, 8 de agosto de 2011

Aniversário / Aniversario

Oito de agosto, três anos no México. Me dou conta que a vida passa rápido, muito rápido. Que as horas voam, que os dias, um atrás do outro, contam os anos, que vem e vão; e nesse tic-tac, parecem muito menos, muitos menos. Mas é um grande engano, pois olho ao redor e vejo que são muitos mais. E hoje, nesse aniversário, conto o tic tac do...
...Relógio 
Voa dia
Dia voa
Corre hora
Sem parar
Corre sol
Corre lua
Já é sombra
outra vez
Passa dia
Passa noite
Passa ano
Dia, mês
Voa, voa
Tempo voa
Voa tempo
Sem parar
Uma hora
Duas horas

Já são três
Conte outra vez
Voa tempo
Voa dia
Voa hora
Sem demora
Ja não conto mais idade
Ja não sei qual é o dia
Já não sei qual é o mês
Passa o tempo
Passa a hora
Passa a VIDA
Sem demora.
 
Aniversario
Ocho de agosto, tres años en México. Me doy cuenta que la vida pasa rápido, muy rápido. Que las horas vuelan, que los días, uno tras otro, cuentan los años, que ven y van; y en ese tic-tac, parecen mucho menos, muchos menos.  Pero es un gran engaño, pues miro al rededor y veo que son muchos más. Y hoy, en ese aniversario, cuento el tic-tac del...
...Reloj 
Vuela día
Día vuela
Corre hora
Sin parar
Corre sol
Corre luna
Ya es sombra
Otra vez
Pasa día
Pasa noche
Pasa año
Día, mes
Vuela, vuela
Tiempo vuela
Vuela tiempo
Sin parar.
Una hora
Dos horas
Son las tres
Cuente otra vez
Vuela tiempo
Vuela día
Vuela hora
Sin demora
Ya no cuento más edad
Ya no sé cuál es el día
Ya no sé cuál es el mes
Va el tiempo
Va la hora
Va la vida
Sin demora.

sábado, 6 de agosto de 2011

HIstória na Cidade do México / Historia en la Ciudad de México

Praça central da Cidade do México
Na Cidade do México a história é latente.
O centro histórico, que surge a partir das ruínas astecas, tem no ponto mais central uma grande catedral.
São três camadas de construção. A primeira, o próprio templo dos indígenas mais poderosos dessa terra, os astecas.
A segunda, construída pelo primeiro espanhol a chefiar a Nova Espanha, Hernán Cortéz.
A terceira, a atual, com 110m de comprimento, 55m de largura e 30m de altura, recheada de arte barroca e pinceladas italianas, mexicanas e espenholas. Uma colossal estrutura que afunda em média 2,5 cm por ano, no pântano onde está fundamentada.

Índígenas exibem-se com danças e descarregos

    Os pajés dançam ao lado da igreja principal da cidade e distribuem bênçãos e descarregos ao som da batida de seus pés e dos tambores ritmados, incensos e mantras ancestrais.
O Palácio Nacional com murais de Diego Rivera que retratam a história do país em traços largos e ousadas cores. E Tutankamon faz parte de uma exposição itinerante.
Seriam os deuses reis, irmãos separados pelos continentes? Pakal e Tutankamon, com tanto em comum, o que os teria separado em nações?
Mais ao fundo, algumas quadras atrás, José Saramago é homenageado. Sua obra e história em outro evento nas entranhas da cidade.
A 500 metros do zôcalo, a praça central, o ex-claustro de Soror Juana Inês de la Cruz, ícone da literatura mexicana que viveu no século XVII e a décima musa da cultura local.
Vulcão ao fundo da cidade
O primeiro hotel da América Latina e o ex-prédio mais alto, a Torre Latino Americana, de onde se avista o vulcão  Popocatepetl que tem dado sinal de vida em flâmulas de fumaça.
Vista do interior do Correio Central
O edifício do correio, uma égide à beleza arquitetônica, entre muitos outros museus que rodeiam a abóboda central.

Palácio de Bellas Artes - centro de grandes eventos e
apresentações artísticas

E o Palácio de Bellas Artes, símbolo do país, con 97,5 mil toneladas de mármore carrara, cristal e ouro folhado.
Toda efervescencia orgulhosamente cultural.
E como diz minha amiga mexicana Maria Paz: "Realmente é apaixonante nossa história carregada de deuses sanguinários, sacerdotes astrólogos, arquitetos autodidatas, mas afinal suas próprias crenças acabaram com seu grandioso império para serem subjugados pelos espanhóis e dar origem à raça que agora somos nem indios nem espanhóis, se não todo o contrário, mexicanos. E eu complemento: Mexicanos com muitas histórias pra contar!

El centro histórico de la Ciudad de México


Centro de la Ciudad de México

En la Ciudad de México la historia es latente.
El centro histórico, que surge a partir de las ruinas aztecas, tienen en el punto más central una gran catedral. Son tres capas de construcción. La primera, el templo mismo de los indígenas más poderosos de esa tierra, los aztecas.
La segunda, construida por el primero español a mandar en la Nueva España, Hernán Cortéz.
La tercera, la actual, con 110m de largo, 55m de ancho y 30m de alto, rellena de arte barroco con pinceladas italianas, mexicanas y españolas. Una colosal estructura que hunde en promedio 2,5cm por año, en el pantano donde está fundamentada.

Indigenas bailan y rezan en el zócalo 

Los chamanes bailan a un lado de la iglesia principal de la ciudad y distribuyen bendiciones y descargos al sonido del ritmo de sus pies y de los tambores, incensos y mantras ancestrales.
El Palacio Nacional con murales de Diego Rivera que plasman la historia del país en trazos amplios y osados colores. Y Tutankamon hace parte de una exposición itinerante.
¿Serían los dioses reyes, hermanos separados por los continentes? Pakal y Tutankamon, con tanto en común, ¿que los tendría dividido en naciones?
Más al fondo, algunas cuadras atrás, José Saramago es homenajeado. Su obra e historia en otro evento en las entrañas de la ciudad.
A 500 metros del  zócalo, el ex-claustro de Sor Juana Inés de la Cruz, ícono de la literatura mexicana que vivió en el siglo XVII y la décima musa de la cultura local.
El vulcán al fondo de la ciudad
El primer hotel de la América Latina y el ex-edificio más alto, la Torre Latino Americana, de donde se avista el volcán  Popocatepetl que ha dado señal de vida en flámulas de humo.
Vista interna del correo central
El edificio del correo, una égida a la belleza arquitectónica, entre muchos otros museos, que voltean la aboveda central.



Palácio de Bellas Artes - centro de grandes eventos
 y presentaciones artisticas
Y el Palacio de Bellas Artes, símbolo del país con sus 97,5 mil toneladas de mármol carrara, cristal y oro hojeado.
Toda la efervescencia orgullosamente cultural.
Y como dice mi amiga mexicana Maria Paz: "Realmente es apasionante nuestra historia cargada de dioses sanguinarios, sacerdotes astrólogos, arquitectos autodidactas, pero al final sus propias creencias acabaron con su grandioso imperio para subyugarse ante los españoles y dar origen a la raza que ahora somos ni indios ni españoles, si no todo lo contrario, mexicanos" y yo lo complemento: Mexicanos con muchas historias para contar!

terça-feira, 2 de agosto de 2011

Uma história de amor / Una historia de amor

Era um tempo em que os homens mexicanos escolhiam suas mulheres.
Um tempo em que escolhiam e as raptavam, assim, bem fácil.
Em seus cavalos montados, passavam pela moça que queriam, a agarravam e a acomodavam em sua garupa.
Saíam trotando, rumo a uma nova vida a dois, querendo seus familiares ou não, sem escolha ou preferência da menina. Uma terra de homens fortes e decididos.
Foi assim que Gordo conheceu Lívia.
Na rua de terra do pequeno "pueblo" onde Livia morava, Gordo a arrebatou e a levou pra viver com ele.
Gordo era simpático, sorriso fácil e bonachão.
Livia era bonita, cabelos em trança, como mandava a tradição.
Gordo era apaixonado por Lívia, e Lívia aprendeu a admirar seu parceiro.
Gordo gostava de beber, de jogar, de fumar. Dizia sempre que preferia morrer cedo e feliz, do que velho e doente.
Livia cuidava do "marido".
Viveram muitos anos felizes.
Um dia, como queria Gordo, sem avisar, caiu na calçada de terra, do pueblito onde moravam, ao lado de seu cavalo, com um cigarro na mão.
Disseram que foi o coração, que apesar de grande, não aguentou tanta paixão.
Livia, viúva, voltou à casa de seus pais.

Una historia de amor

Era un tiempo en que los hombres mexicanos elegían sus mujeres.
Un tiempo en que las elegían y las raptaban, así de fácil.
En sus caballos montados, pasaban por la muchacha que querían, la agarraban y la acomodaban en su grupa.
Salían trotando, rumbo a una nueva vida a dos, queriendo sus familiares o no, sin la elección o preferencia de la niña. Una tierra de hombres fuertes y decididos.
Fue así que Gordo conoció a Livia.
En la calle de tierra del pequeño "pueblo" donde Livia vivía, Gordo la arrebató y la llevó para vivir con él.
Gordo era simpático, sonrisa fácil y bondadoso.
Livia era hermosa, cabellos en trenza, como mandaba la tradición.
Gordo era apasionado por Livia, y Livia aprendió a admirar su pareja.
A Gordo le gustaba tomar, jugar, fumar. Decía siempre que prefería morir temprano y feliz, que viejo y enfermo.
Livia cuidaba de su "marido".
Vivieron muchos años felices.
Un día, como deseaba Gordo, sin avisar, cayó en la acera de tierra del pueblito donde vivían, a un lado de su caballo, con un cigarrillo en la mano.
Dijeron que fue su corazón, que a pesar de ser grande, no aguantó tanta pasión.
Livia, viuda, regresó a la casa de sus padres.