quarta-feira, 27 de julho de 2011

Com licença, Cazuza! / ¡Con permiso, Cazuza!

São sete horas da manhã, vejo a lua da janela.
Em forma de C, aqui não é crescente. É o contrário.
Míngua, minguante.

O sol vai acender sua luz, as nuvens já a anunciam em múltiplas cores.
O escuro céu vai desenrolando-se em cortina, num palco sem estrelas, só de nuvens.
Nuvens que passeiam sossegadas por essa temporada que prometeu água, mas que desabou pouco, quase em gotas, conta-gotas de um  verão pueril.


¡Con permiso, Cazuza!*

Son siete horas de la mañana, veo la luna de la ventana.
En forma de C, aquí no es crecente. Es el contrario.
Mengua, menguante.

El sol va encender su luz, las nubes ya la anuncian en múltiples colores.
El oscuro cielo se va desenrollando como cortina, en un palco sin estrellas, solo de nubes.
Nubes que pasean sosegadas por esa temporada que prometió agua, pero que se derrumbó poco, casi en gotas, cuenta-gotas de un verano pueril.


*Cazuza fue um cantautor brasileño que compuso "Un tren hacia las estrellas" (Um trem para as estrelas), de donde saqué algunas citaciones para ese post.

segunda-feira, 25 de julho de 2011

Jogo de Palavras 2 / Juego de Palabras 2

Só pode ser a proximidade geográfica desses colonizadores insaciáveis que fez da origem latina dos idiomas algo tão parecido. Nem italiano é tão parecido com o português ou com o espanhol, como são os dois últimos idiomas.
Fico imaginando entre as fronteiras dos dois países europeus, como se comunicavam, como mesclavam as palavras, como nomeavam os objetos, de uma maneira que pudessem se entender. E assim, de palavra em palavra, de mistura em mistura, foram criando os idiomas. Afinal, a única fronteira de Portugal é mesmo a Espanha. Os galegos, na Galícia, são o maior exemplo dessa fusão entre o espanhol e o português. E, na América Latina, o espelho duplicou a imagem européia: o Brasil se limita com países de língua espanhola e os povos continuam trocando palavras. Estando aqui é que vejo como no sul do país usam tantas palavras em castellano, como rico para bonito ou gostoso, remangar para arregaçar as mangas e muitas outras. 
Mas o que parece igual, muitas vezes engana e muito!
Camion é ônibus.
Bêbada é borracha.
Goma sim é borracha e também pode ser chiclete.
Bolsa é sacola ou saco de plástico e saco é blazer ou paletó.
Oficina é escritório e escritorio é escrivaninha.
Piso é andar de edifício.
E na hora de torcer pro seu time preferido... fazemos porra!
E existem muitas outras palavras pra trazer confusão e fazer a gente pagar mico sem saber!!

Juego de Palabras 2

Solo debe de ser la proximidad geográfica de aquellos colonizadores insaciables que hizo del origen latino de los idiomas algo tan parecido. Ni el italiano es tan parecido al portugués o al español, como son los dos idiomas.
Imagino las fronteras de los dos paises europeos, como la gente se comunicaba, como mezclaba las palabras, como nombraba a los objetos, de una manera que podrían entenderse. Y así, de palabra en palabra, de mezcla en mezcla, fueran creando los idiomas. A final, la única frontera de Portugal es mismo la España. Los gallegos, en  Galicia, son el mayor ejemplo de esa fusión entre el español y el portugués. Y, en la América Latina, el espejo duplicó la imagen europea:  Brasil colinda con países de habla española y la gente continúa intercambiando palabras. Aquí es que veo como en el sur del país se usan tantas palabras en castellano, como rico para bonito o sabroso, remangar para levantar las mangas y muchas otras.
Pero lo que parece igual, muchas veces engaña y mucho!
Camión es ônibus.
Borracha es bêbada.
Goma si es borracha y tambien puede ser chicles.
Bolsa es sacola o saco de plástico y saco es blazer o paletó.
Oficina es escritório y escritorio es escrivaninha.
Piso es andar de edifício.
Y en la hora de torcer para su equipo preferido... hechamos porra!
Y existen muchas otras palabras para traer confusión y hacer la gente hacer oso sin saberlo!

domingo, 24 de julho de 2011

Jogo de Palavras / Juego de Palabras

Taça é = a copa que é = comedor que é = guloso que em espanhol é goloso. Daí, guloseimas se diz gulosinas.
Taça (com Z) significa privada, patente ou vaso sanitário que - sanitário é = a copo.
Mas taça (também com Z) também é xícara, que em espanhol antigo já foi jícara, assim como vermelho que é rojo, já foi bermellón, mas assim como jícara, já caiu em desuso.

Também gosto de pensar nos opostos, que só servem pra fazer confusão, quando ainda usamos a razão pra entender o idioma.
Assim como o rojo que pra quem fala português parece roxo, que é morado, apesar de parecer vermelho.

E sobrenombre que é apelido quando apellido é sobrenome.
Geralmente quem usa seu sobrenombre não se importa com seu apellido ou quem se apresenta pelo apelido, não se importa com seu apellido ou ainda quem usa sobrenome não quer ter apelido.

Se você conhece outros significados pra essas palavras, semelhanças entre elas e ainda tem outras pra acrescentar, te convido a jogar comigo.


Juego de Palabras


Taça es = a copa que es = comedor que es = guloso que en español es goloso. Por eso, guloseimas se dice golosinas.
Taza significa privada, patente o vaso sanitário que - sanitário es = a copo.
Pero taza también es xícara, que en español antiguo ya fue jícara, así como vermelho que es rojo, ya fue bermellón, pero así como jícara, ya se cayó en desuso.

También me gusta pensar en los opuestos, que solo sirven para hacer confusión, cuando todavía ocupamos la razón para entender el idioma.
Así como el rojo que para quién habla portugués se parece a roxo, que es morado, a pesar de parecerse a vermelho.

Y sobrenombre que  es apelido cuando apellido es sobrenome.
Generalmente quién usa su sobrenombre no se importa con su apellido o quién se presenta por el apelido, no se importa con su apellido o aún quién usa sobrenome no quiere tener apelido.

Si tú conoces otros significados para esas palabras, semejanzas entre ellas o aún tiene otras para añadir, te invito a jugar conmigo.

quarta-feira, 20 de julho de 2011

A Cidade das Luzes / La Ciudad de las Luces

La gran ciudad de Tenochtitlán, obra de Diego Rivera
Contam os historiadores que quando os espanhóis chegaram à cidade dos Mexicas (os aztecas), onde hoje se encontra o centro da Cidade do México, ficaram maravilhados com a suntuosidade, a modernidade e a tecnologia das construções e da arquitetura do lugar. Os cronistas da época descreveram a cidade como algo nunca visto. Os pesquisadores de hoje a comparam com a cidade luz, Paris.
Depois de visitar o Museu de Antropologia, ir até o Zocalo (praça central) da cidade e visitar as ruínas das pirirâmides do recinto religioso principal do mundo azteca, fico admirada com essa história tão única. Seus personagens históricos, rodeados de lendas e história, são tão interessantes, que dá vontade de estudar ainda mais sobre eles.
Superados pelos Mayas em tecnologia e matemática, não ficaram atrás em desenvolver saneamento básico e canais de abastecimento de água, aproveitamento os lagos da região para o cultivo de seus alimentos, além das majestosas pirâmides, que tem no Egito suas cópias similares, em tamanho e estrutura.
Eram religiosos, faziam sacrificios humanos e arrancavam corações de suas vítimas para oferecer a seus deuses. Também subjugaram seus conterrâneos, dos quais cobravam altos impostos.
Eram muito temidos e respeitados. Eram fortes e astutos, com grande capacidade logística.
Seu erro foi ter acreditado que os espanhóis eram deuses, devido a suas barbas (os aztecas eram imberbes) e porque montavam monstros sagrados (os cavalos), animais desconhecidos nessa América indígena.
Sucumbiram diante do poder da malícia do homem branco e das doenças que traziam com eles. Não tinham imunidade contra tamanho poder.
Os espanhóis aproveitaram toda a infraestrutura azteca para construir seu reinado, inclusive a catedral da cidade foi edificada sobre o Templo Maior dos mexicas; a casa de Hernán Cortez, sobre o palácio onde vivia o último monarca Moctezuma; os prédios de administração sobre a estrutura administrativa dos sábios índios. Mas como os europeus não tinham o costume de viver com água encanada e esgoto canalizado tudo se perdeu, e durante alguns séculos, a Nova Espanha ainda era o quintal da Coroa Real Espanhola.

La Ciudad de las Luces

Cuentan los historiadores que cuando los españoles llegaron a la ciudad de los Mexicas (los aztecas), donde hoy se encuentra el centro de la Ciudad de México, se quedaron  maravillados con la suntuosidad, la modernidad y la tecnología de las construcciones y de la arquitectura del lugar. Los cronistas de la época describieron la ciudad como algo nunca visto. Los  investigadores de hoy la comparan a la ciudad luz, Paris.
Después de visitar al Museo de Antropología, ir hasta el Zócalo de la ciudad y visitar las ruinas de las pirámides del recinto religioso principal del  mundo azteca, me quedo admirada con esa historia tan única. Sus personajes históricos, rodeados de leyendas e historia, son tan interesantes, que da ganas de estudiar aún más sobre ellos.
Superados por los Mayas en tecnología y matemáticas, no se quedaban atrás para desarrollar saneamiento básico y canales de abastecimiento de agua, aprovechando los lagos de la región para el cultivo de sus alimentos, allá de las majestosas pirámides, que tienen en Egipto, sus copias similares, en tamaño y estructura.
Eran religiosos, hacían sacrificios humanos y arrancaban los corazones de sus víctimas para ofrecer a sus dioses. También subyugaron sus conterráneos, de los cuales cobraban altos impuestos.
Eran muy temidos y respetados. Eran fuertes y astutos, con gran capacidad logística.
Su error fue tener creído que los españoles eran dioses, debido a sus barbas (los aztecas eran imberbes) y porque montaban monstruos sagrados (los caballos), animales desconocidos en esa América indígena.
Sucumbieron delante del poder de la malicia del hombre blanco y de las enfermedades que traían con ellos. No tenían inmunidad contra tamaño poder.
Los españoles aprovecharon toda la infraestructura azteca para construir su reinado, inclusive la catedral de la ciudad fue edificada sobre el Tiemplo Mayor de los mexicas; la casa de Hernán Cortez, sobre el palacio donde vivía el último monarca Moctezuma; los edificios de administración sobre la estructura administrativa de los sabios indígenas. Pero como los europeos no tenían la costumbre de vivir con agua por tubería y residuales, todo se perdió, y durante algunos siglos, la Nueva España todavía era el fondo del Palacio de la Corona Real Española.

segunda-feira, 18 de julho de 2011

Aqui jaz Isadora Duncan / Aquí yace Isadora Duncan





Acredito que os gênios dão mais sabor à vida dos normais.
Imagino também que eles têm mais fome de viver, mas por algum motivo, são mais depressivos e muitos acabam por morrer prematuramente.
Admiro a muitos deles. Admiro mais ainda, aqueles que em tempos impróprios, conquistaram liberdade e impuseram sua arte à força de seus talentos.
Isadora Duncan era um desses gênios.
Gênio da arte da dança, a qual tranformou.
Mulher. Ousada. Admirada. Solitária.
Viveu entre a música e a tragédia. Entre palcos. Entre políticos. Entre a rigidez da União Soviética e a liberdade francesa.
Teve muitos amores e muitas desilusões
Perdeu seus filhos,ainda pequenos, em um acidente e tentou suicídio algumas vezes.
Experimentou o sucesso, os aplausos e o abandono.
Morreu na França, em um acidente de carro, sufocada por sua echarpe, em seu Bugatti italiano.
Mas por destino ou por amor descabido, veio parar no México, onde se encontra até hoje, rodeada pela sociedade política e histórica do país.
Contam que foi o ex-presidente Plutarco que mandou trazer seu ataúde, em meio a uma fria noite, conduzido por um cortejo solene de fiéis escudeiros e no Panteón de San Fernando enterrou seus restos - reminiscência de um amor secreto. k

Aquí yace Isadora Duncan
Creo que los genios dan más sabor a la vida de los hombres normales.
Imagino también que ellos tienen más hambre de vivir, pero por alguna razón, son más depresivos y muchos acaban por morir prematuramente.
Admiro a muchos de ellos. Admiro más aún, aquellos que en tiempos impropios, conquistaron la libertad e impusieron su arte a la fuerza de sus talentos.
Isadora Duncan era una de esos genios.
Genio de la arte de la danza, la cual transformó.
Mujer. Osada. Admirada. Solitaria.
Vivió entre la música y la tragedia. Entre palcos. Entre políticos. Entre la rigidez de la Unión Soviética y la libertad francesa.
Tuvo muchos amores y muchas desilusiones.
Perdió sus hijos aún pequeños en un accidente y intentó el suicidio algunas veces.
Experimentó el éxito, los aplausos y el abandono.
Murió en Francia, en un accidente de carro, sofocada por su echarpe, en su Bugatti italiano.
Pero por destino o por amor vino a parar en México, donde se encuentra hasta hoy, rodeada por la sociedad política y histórica del país.
Cuentan que fue el ex-presidente Plutarco que mandó traer su ataúd, en medio de una fría noche, conducido por un cortejo solemne de fieles escuderos y en el Panteón de San Fernando enterró sus restos - reminiscencia de un amor secreto.

segunda-feira, 11 de julho de 2011

Doña Josefina e os mariachis / Doña Josefina y los mariachis

Doña Josefina morria de tristeza. Estava tão triste que seu corpo se encheu de água, contou a neta Anita.
Foi retenção de líquido, explicou.
Prevendo a morte que chegava, fez um pedido para quando passasse para o outro lado: que mariachis JOVENS tocassem em seu velório, vestidos de roupa de gala bege.
Como pressentia seu coração moribundo, ele parou de bater alguns dias depois e as filhas de Dona Josefina contrataram os mariaches para seu velório. Mas quando eles chegaram, todos perceberam que o pedido não tinha sido bem atendido. Eles tinham idades variadas, alguns bem idosos, e vestiam-se de cinza.
Já no cemitério, um grupo de JOVENS mariachis se aproximou, todos vestidos de bege, em número de 12 e tocaram para Doña Josefina, calando o grupo contratado. Muitos acreditam que foi a própria Josefina, que inconformada com os idosos cinzentos, encomendou lá do outro mundo, o grupo que ela tanto queria.
Foi o que contou a neta Anita.

Doña Josefina y los mariachis

Doña Josefina se moría de tristeza. Estaba tan triste que su cuerpo se llenó de agua, contó la nieta Anita.
Fue retención de líquido, explicó.
Previendo la muerte que llegaba, hizo un pedido para cuando pasase para el otro lado: que mariachis JÓVENES tocasen en su velorio, vestidos con ropa de gala beige.
Como presentía su corazón moribundo, el paró de latir algunos días después y las hijas de Doña Josefina contrataron los mariachis para su velorio. Pero cuando ellos llegaron, todos percibieron que el pedido no había sido bien atendido. Ellos tenían edades variadas, algunos bien grandes, y se vestían de gris.
Ya en el no cementerio, un grupo de JÓVENES mariachis se acercó, todos vestidos de beige, en número de 12 y tocaron para Doña Josefina, callando el grupo contratado. Muchos creen que fue la misma Josefina, que inconformada con los grandotes de grises, encomendó desde más allá, el grupo que ella tanto quería.
Fue lo que contó su nieta Anita.

terça-feira, 5 de julho de 2011

Pozole, uma receita muito antiga / El pozole, una receta muy antigua

Pois "pozole" é a versão mexicana da canja brasileira.
E como mexicano come milho e não arroz como "nosotros", é a canjica que enche a boca de sabor.
O caldo, à base de frango, é incrementado na hora de comer com alface e cebola picadinhas, orégano, limão, e pimenta, é claro.
O pozole é tipicamente mexica. Já era um dos principais pratos dos astecas.
Moctezuma, o último rei da mais poderosa tribo indígena que já teve o país, era um amante da sopa, mas a carne oferecida ao monarca era mesmo humana, com a qual se regalava e lambia os próprios beiços.

El pozole, una receta muy antigua

Pues el pozole es la versión mexicana de la “canja” brasileña.
Y como mexicano come maíz y no arroz como nosotros, es la “canjica” que llena la boca de sabor.
El caldo, hecho de pollo, es incrementado en la hora de comer con lechuga y cebolla picaditas, orégano, limón, y chili, está claro.
El pozole es típicamente mexica. Ya era uno de los principales platillos de los aztecas. Moctezuma, el último rey de la más poderosa tribu indígena que ya hubo en el país, era un amante de la sopa, pero la carne ofrecida al monarca era mismo la humana, con la cual se regalaba y lamia los propios labios.