Minha amiga Angelica é uma poeta. Compartilhamos alguns prazeres que temos em comum: a leitura de um bom livro, o sabor das palavras, as imagens que elas formam, a delícia de escrevê-las; o amor pela chuva e pelo cheiro da terra molhada. Por isso, há quase uma semana, quando caíram as primeiras gotas dessa nova temporada de águas que se aproxima (as nuvens já começaram a chegar de mansinho), ela me escreveu:
"Podemos festejar a chuva de ontem a noite que começou como promessa e se converteu em um deleite!"
E eu fiquei agradecida pelo céu, pela chuva, pela nova estação, pela vida, pela natureza ao nosso redor e pelas amigas mexicanas que conheci nesse país.
Pués, festejo con todas ellas entonces!
De lluvias, de amistades y de vida
Mi amiga Angelica es una poeta. Compartimos algunos placeres que tenemos en común: la lectura de un buen libro, el sabor de las palabras, las imágenes que ellas forman, la delicia en escribirlas, el amor por la lluvia y por el olor de la tierra mojada. Por eso, desde hace casi una semana, cuando cayeron las primeras gotas de esa nueva temporada de las aguas que se acerca (las nubes ya empezaron a llegar de mansito), ella me escribió:
"Podemos festejar la lluvia de anoche que comenzó como promesa y se convirtió en un deleite!"
Y yo me quedé agradecida por el cielo, por la lluvia, por la nueva estación, por la vida, por la naturaleza a nuestro rededor y por las amigas mexicanas que conocí en ese país.
Pues, festejo con todas ellas entonces!
O deserto se dispersa em amarelos, variações de uma só cor. O céu intenso, a pouca chuva. As comidas, os sabores, suas cores. O tempero,"chilis" de muitas espécies, dor e delícia de cada mexicano. Povo de festa, que adora a morte, que reclama vida. Assim é o México. Assim, os mexicanos. Aqui te conto. Aqui te espanto. Aqui te canto em prosa e em verso. Crônicas do México. Contos Mexicanos.
quarta-feira, 27 de abril de 2011
terça-feira, 26 de abril de 2011
E a Terra tremeu... / Y la Tierra tembló
Acapulco, 6 horas da manhã.
Estou dormindo no sétimo andar de um edifício fincado na orla do mar.
Me desperto com fortes ruídos e tudo ao meu redor treme e balança para cima, para baixo, de um lado ao outro.
Ainda desorientada, percebo o que está acontecendo. Levanto-me tentando equilibrar-me entre o piso e as paredes do apartamento, enquanto também tento controlar minhas emoções. (Descobri que nesses momentos, nossas prioridades são as primeiras a manifestar-se.)
Corro para os quartos onde dormem meus filhos, querendo resgatá-los do susto, do medo, do abalo sísmico. Quando os encontro, já acordados, informo que é um terremoto e que precisamos descer.
Consigo apanhar meu "robe" e pego meu relógio. É o que levo para baixo, junto com meus filhos.
Na sala, encontro minha amiga Jacy, levantando um totem pesado, que caindo, ficou atravessado diante da porta.
Éramos oito no apartamento, e descemos pelas escadas, temendo uma réplica - reprise do desespero, do ruído tremendo (sem trocadilhos), do pavor que tudo pudesse desmoronar.
No pátio, entre quadras de esportes, estacionamento e portaria, encontramos outros moradores, turistas e visitantes que ocupavam o prédio. Alguns usavam apenas cuecas, garotas com calcinha e camiseta também se aglomeravam, assustadas; outros se cobriam com lençóis.
O pânico era geral, mesmo para aqueles que já tinham experimentado situações como essa.
Apesar do tremor telúrico ter durado poucos segundos, eu continuei tremendo por vários minutos.
O medo de que o mar também se rebelasse me deixava aterrada.
Veio a réplica, menos forte, mas não menos assustadora.
Nos lembramos do Japão, da Indonésia, de situações de caos e catástrofe. Pudemos compartilhar a sensação de medo, de desalento, de impotência.
Decidimos deixar Acapulco e regressar à casa. Já não conseguiríamos dormir em paz.
No caminho, enquanto deslizava pela cadeia de montanhas que cerca a estrada, refleti sobre nossa pequenez, sobre nossa insignificância diante da natureza, de sua implacável força, indomável, insubordinável. Imaginei como é arrogante nossa atitude de descaso, enquanto não podemos dominar nem a chuva, nem os ventos, nem os mares, nem ao menos um movimento da Terra, ou o tempo, ou a fartura de águas, a falta dela, as nevascas, o frio excessivo, ou o calor demasiado.
Chamei minha amiga Aida pelo rádio, porque ela tinha chegado no dia anterior a Acapulco e lhe perguntei se tinha se assustado muito. Ela me respondeu:
“- Eu sou da Cidade do México, amiga. Já estou acostumada! Sempre que venho a Acapulco, treme por aqui!”
Como alguém pode se acostumar com isso? – pensei.
E logo me lembrei que se dizemos que Deus é brasileiro, porque não temos nenhum fenômeno natural devastador, se cantamos que vivemos num país abençoado e bonito por natureza, não poderíamos passar incólumes por essa experiência, mesmo quando, aparentemente, estávamos inteiros.
Quando cheguei em casa e li as notícias pela internet, constatei que estivemos no centro do terremoto, que aconteceu a sete quilômetros de profundidade, com seis pontos na escala Richter e que durante todo o dia, grande parte do México tremeu.
Y la Tierra tembló
Acapulco, 6 horas de la mañana.
Estoy dormida en el piso siete de un edificio hincado en la orla marítima.
Me despierto con fuertes ruidos y todo al mi rededor tiembla y se mueve para arriba, para abajo, de un lado al otro.
Aún desorientada, percibo lo que está pasando. Me levanto intentando equilibrarme entre el piso y las paredes del departamento, en cuanto también intento controlar mis emociones. (Descubrí que en eses momentos, nuestras prioridades son las primeras a manifestarse.)
Corro para las habitaciones donde duermen mis hijos, queriendo rescatarlos del susto, del miedo, del abalo sísmico. Cuando los encuentro, ya despiertos, les informo que es un terremoto y que necesitamos bajar.
Consigo agarrar mi "robe" y tomo mi reloj. Es lo que llevo hacia bajo, junto con mis hijos.
En la sala, encuentro mi amiga Jacy, levantando un tótem pesado, que cayendo, se quedó atravesado delante de la puerta.
Éramos ocho en el departamento, y bajamos por las escaleras, temiendo una réplica - reprise del desespero, del ruido tremendo, del pavor de que todo pudiera desmoronar.
En el patio, entre canchas, estacionamiento y caseta de vigilancia, encontramos otros colonos, turistas y visitantes que ocupaban el edificio. Algunos usaban a penas calzones, chicas con pantaletas y playeras también se agrupaban, asustadas; otros se cubrían con las sábanas.
El pánico era general, mismo para aquellos que ya habían experimentado situaciones como esa.
A pesar del temblor telúrico haber durado pocos segundos, continué temblando por varios minutos.
El miedo de que el mar también se rebelara me dejaba aterrada.
Vino la réplica, menos fuerte, pero no menos asustadora.
Nos acordamos de Japón, de Indonesia, de situaciones de caos y catástrofe. Pudimos compartir la sensación de miedo, de desaliento, de impotencia.
Decidimos dejar Acapulco y regresar a casa. Ya no podríamos dormir en paz.
En el camino, mientras deslizaba por la cadena de montañas que rodean la carretera, reflejé sobre nuestra pequeñez, sobre nuestra insignificancia delante de la naturaleza, de su implacable fuerza, indomable, incorruptible. Imaginé como es arrogante nuestra actitud de descaso, si no podemos dominar ni la lluvia, ni los vientos, ni los mares, ni al menos un movimiento de la Tierra, o el tiempo, o la hartura de aguas, o la falta de ella, las nevascas, el frio excesivo, o el calor demasiado.
Llamé a mi amiga Aida por el radio, porque ella apenas había llegado a Acapulco y le pregunté si había se asustado mucho. Ella me contestó:
“- Soy de la Ciudad de México, amiga. Ya estoy acostumbrada! Siempre que vengo a Acapulco, tiembla por aquí!”
Como alguien puede acostumbrarse con eso? – pensé.
Y luego me acordé que si decimos que Dios es brasileño, porque no tenemos ningun fenomeno natural devastador, si cantamos que vivimos en un país bendecido y bonito por la naturaleza, no podríamos pasar incólumes por esa experiencia, mismo cuando, aparentemente, estábamos enteros.
Cuando llegué en casa y leí las noticias por la internet, constaté que estuvimos en el centro del terremoto, que ocurrió a siete quilómetros de profundidad, con seis puntos en la escala Richter y que durante todo el día gran parte de México tembló.
Estou dormindo no sétimo andar de um edifício fincado na orla do mar.
Me desperto com fortes ruídos e tudo ao meu redor treme e balança para cima, para baixo, de um lado ao outro.
Ainda desorientada, percebo o que está acontecendo. Levanto-me tentando equilibrar-me entre o piso e as paredes do apartamento, enquanto também tento controlar minhas emoções. (Descobri que nesses momentos, nossas prioridades são as primeiras a manifestar-se.)
Corro para os quartos onde dormem meus filhos, querendo resgatá-los do susto, do medo, do abalo sísmico. Quando os encontro, já acordados, informo que é um terremoto e que precisamos descer.
Consigo apanhar meu "robe" e pego meu relógio. É o que levo para baixo, junto com meus filhos.
Na sala, encontro minha amiga Jacy, levantando um totem pesado, que caindo, ficou atravessado diante da porta.
Éramos oito no apartamento, e descemos pelas escadas, temendo uma réplica - reprise do desespero, do ruído tremendo (sem trocadilhos), do pavor que tudo pudesse desmoronar.
No pátio, entre quadras de esportes, estacionamento e portaria, encontramos outros moradores, turistas e visitantes que ocupavam o prédio. Alguns usavam apenas cuecas, garotas com calcinha e camiseta também se aglomeravam, assustadas; outros se cobriam com lençóis.
O pânico era geral, mesmo para aqueles que já tinham experimentado situações como essa.
Apesar do tremor telúrico ter durado poucos segundos, eu continuei tremendo por vários minutos.
O medo de que o mar também se rebelasse me deixava aterrada.
Veio a réplica, menos forte, mas não menos assustadora.
Nos lembramos do Japão, da Indonésia, de situações de caos e catástrofe. Pudemos compartilhar a sensação de medo, de desalento, de impotência.
Decidimos deixar Acapulco e regressar à casa. Já não conseguiríamos dormir em paz.
No caminho, enquanto deslizava pela cadeia de montanhas que cerca a estrada, refleti sobre nossa pequenez, sobre nossa insignificância diante da natureza, de sua implacável força, indomável, insubordinável. Imaginei como é arrogante nossa atitude de descaso, enquanto não podemos dominar nem a chuva, nem os ventos, nem os mares, nem ao menos um movimento da Terra, ou o tempo, ou a fartura de águas, a falta dela, as nevascas, o frio excessivo, ou o calor demasiado.
Chamei minha amiga Aida pelo rádio, porque ela tinha chegado no dia anterior a Acapulco e lhe perguntei se tinha se assustado muito. Ela me respondeu:
“- Eu sou da Cidade do México, amiga. Já estou acostumada! Sempre que venho a Acapulco, treme por aqui!”
Como alguém pode se acostumar com isso? – pensei.
E logo me lembrei que se dizemos que Deus é brasileiro, porque não temos nenhum fenômeno natural devastador, se cantamos que vivemos num país abençoado e bonito por natureza, não poderíamos passar incólumes por essa experiência, mesmo quando, aparentemente, estávamos inteiros.
Quando cheguei em casa e li as notícias pela internet, constatei que estivemos no centro do terremoto, que aconteceu a sete quilômetros de profundidade, com seis pontos na escala Richter e que durante todo o dia, grande parte do México tremeu.
Y la Tierra tembló
Acapulco, 6 horas de la mañana.
Estoy dormida en el piso siete de un edificio hincado en la orla marítima.
Me despierto con fuertes ruidos y todo al mi rededor tiembla y se mueve para arriba, para abajo, de un lado al otro.
Aún desorientada, percibo lo que está pasando. Me levanto intentando equilibrarme entre el piso y las paredes del departamento, en cuanto también intento controlar mis emociones. (Descubrí que en eses momentos, nuestras prioridades son las primeras a manifestarse.)
Corro para las habitaciones donde duermen mis hijos, queriendo rescatarlos del susto, del miedo, del abalo sísmico. Cuando los encuentro, ya despiertos, les informo que es un terremoto y que necesitamos bajar.
Consigo agarrar mi "robe" y tomo mi reloj. Es lo que llevo hacia bajo, junto con mis hijos.
En la sala, encuentro mi amiga Jacy, levantando un tótem pesado, que cayendo, se quedó atravesado delante de la puerta.
Éramos ocho en el departamento, y bajamos por las escaleras, temiendo una réplica - reprise del desespero, del ruido tremendo, del pavor de que todo pudiera desmoronar.
En el patio, entre canchas, estacionamiento y caseta de vigilancia, encontramos otros colonos, turistas y visitantes que ocupaban el edificio. Algunos usaban a penas calzones, chicas con pantaletas y playeras también se agrupaban, asustadas; otros se cubrían con las sábanas.
El pánico era general, mismo para aquellos que ya habían experimentado situaciones como esa.
A pesar del temblor telúrico haber durado pocos segundos, continué temblando por varios minutos.
El miedo de que el mar también se rebelara me dejaba aterrada.
Vino la réplica, menos fuerte, pero no menos asustadora.
Nos acordamos de Japón, de Indonesia, de situaciones de caos y catástrofe. Pudimos compartir la sensación de miedo, de desaliento, de impotencia.
Decidimos dejar Acapulco y regresar a casa. Ya no podríamos dormir en paz.
En el camino, mientras deslizaba por la cadena de montañas que rodean la carretera, reflejé sobre nuestra pequeñez, sobre nuestra insignificancia delante de la naturaleza, de su implacable fuerza, indomable, incorruptible. Imaginé como es arrogante nuestra actitud de descaso, si no podemos dominar ni la lluvia, ni los vientos, ni los mares, ni al menos un movimiento de la Tierra, o el tiempo, o la hartura de aguas, o la falta de ella, las nevascas, el frio excesivo, o el calor demasiado.
Llamé a mi amiga Aida por el radio, porque ella apenas había llegado a Acapulco y le pregunté si había se asustado mucho. Ella me contestó:
“- Soy de la Ciudad de México, amiga. Ya estoy acostumbrada! Siempre que vengo a Acapulco, tiembla por aquí!”
Como alguien puede acostumbrarse con eso? – pensé.
Y luego me acordé que si decimos que Dios es brasileño, porque no tenemos ningun fenomeno natural devastador, si cantamos que vivimos en un país bendecido y bonito por la naturaleza, no podríamos pasar incólumes por esa experiencia, mismo cuando, aparentemente, estábamos enteros.
Cuando llegué en casa y leí las noticias por la internet, constaté que estuvimos en el centro del terremoto, que ocurrió a siete quilómetros de profundidad, con seis puntos en la escala Richter y que durante todo el día gran parte de México tembló.
terça-feira, 12 de abril de 2011
Lições de Civismo / Lecciones de Civismo
Era a inauguração da Semana Cultural na escola. Os alunos cercavam o pátio com seus uniformes, já que era dia de dar honras à bandeira nacional. A faixa etária era de 3 a 16 anos. Uma pequena com seus cinco anos vividos, fez a apresentação, falando bem alto e com bastante clareza, esnobando a timidez.
Outros pequenos personagens entraram com cartazes que traziam as datas importantes do mês, enquanto um grupo de meninos e meninas com cerca de um metro de altura se endireitavam e subiam as meias impecáveis para homenagear a bandeira do país.
Ao som dos tambores, a apresentadora comanda a ordem do lugar:
- Todos em pé para saudarmos a bandeira mexicana!
O play back toca uma banda oficial. O grupo responsável por percorrer o pátio com a bandeira (a escolta) começa a marchar, obedecendo as ordens dadas por um deles:
- Firmes, já!
- Marcha, já!
- Alto, já!
Enquanto todo o público levanta as mãos, com a palma virada para baixo, mas em forma de continência em frente ao peito, cantam o hino nacional.
Um outro menininho é convidado a fazer o juramento à bandeira, e novamente me supreendo com a voz alta e clara do garoto, que não tem mais de seis anos de idade e recita decor:
- "Bandeira do México/ legado de nossos heróis/ símbolo da unidade de nossos pais e de nossos irmãos/te prometemos ser sempre fiéis aos princípios de liberdade e justiça que fazem de nossa pátria a nação independente, humana e generosa, à que entregamos nossa existência."
Todos se despedem da bandeira que novamente percorre o pátio, firmes em suas posições de continência ao coração patriota.
Quero contar que fiquei emocionada, que não pude evitar as lágrimas ao ver crianças tão pequenas cumprindo seu papel de civismo com tanto orgulho, com vontade, em alta voz.
Em seguida, um outro grupo de crianças pequenas recitou uma poesia, dançou e cantou, expressando seus talentos e dons artísticos.
Saí de lá comovida e pensando no patriotismo desse povo, que sempre me chamou a atenção. Um povo que celebra suas festas nacionais, como festejamos nossos carnavais ou um clássico de futebol. Um povo que se orgulha de ser mexicano, apesar de todos os pesares, mas que tem muita dificuldade para exigir seus direitos, cobrar deveres alheios, gritar mais alto por um país melhor, sem violência, sem corrupção, sem pobreza.
Fiquei imaginando aquelas crianças crescendo, tendo acesso a mais informações neste mundo interligado pelo computador, que já manejam desde essa mesma tenra idade, e torcendo para que elas possam descobrir o valor que cada pessoa tem, de verdade, para honrar o país, a bandeira e seu hino que canta:
"Mexicanos ao grito de guerra (...)/ Guerra, guerra sem trégua ao que tente a pátria manchar os brasões!/Guerra, guerra, aos pátrios pendões nas ondas de sangue empapados./ Guerra, guerra no monte, no vale,/ os canhões explodam e os ecos sonoros ressoem com as vozes de União e Liberdade!"
Lecciones de Civismo
Era la inauguración de la Semana Cultural en la escuela. Los alumnos rodeaban el patio con sus uniformes, ya que era el día de dar honras a la bandera nacional. Las edades eran entre 3 y 16 años. Una pequeña con sus cinco años vividos, hizo la presentación, hablando bien fuerte y con bastante claridad, presumiendo de la timidez.
Otros pequeños personajes entraron con letreros que traían las fechas importantes del mes, mientras un grupo de niños y niñas con casi un metro de alto se enderezaban y subían los calcetines impecables para homenajear a la bandera del país.
Al sonido de los tambores, la conductora comanda el orden en el lugar:
- Todos en pie para saludar la bandera mexicana!
El “play back” suena una banda oficial. El grupo responsable por el recorrido en el patio con la bandera (la escolta) comienza a marchar, obedeciendo los órdenes dados por uno de ellos:
- Firmes, ya!
- Marcha, ya!
- Alto, ya!
Mientras todo el público levanta las manos, con la palma volteada hacia abajo, pero en forma de continencia en frente al pecho, cantan el himno nacional.
Un otro niñito es invitado a hacer el juramento a la bandera, y nuevamente me sorprendo con la alta y clara voz del chamaco, que no tiene más de seis años de edad y la recita de memoria:
- “¡Bandera de México! Legado de nuestros héroes/ símbolo de la unidad/ de nuestros padres/ y de nuestros hermanos, te prometemos ser siempre fieles a los principios de libertad y justicia que hacen de nuestra Patria la nación independiente, humana y generosa a la que entregamos nuestra existencia.”
Todos se despiden de la bandera que nuevamente recurre el patio, firmes en sus posturas de continencia hacia el corazón patriota.
Quiero contar que me quedé emocionada, que no pude evitar las lágrimas al ver a los niños tan pequeños cumpliendo su papel de civismo con tanto orgullo, con voluntad, en alta voz.
En seguida, un otro grupo de niños pequeños recitó una poesía, bailó y cantó, expresando sus talentos y dones artísticos.
Salí de allá conmovida y pensando en el patriotismo de ese pueblo, que siempre me ha llamado la atención. Un pueblo que celebra sus fiestas nacionales, como festejamos a nuestros carnavales o a un clásico de futbol. Un pueblo que tiene orgullo de ser mexicano, a pesar de todos los pesares, pero que tiene mucha dificultad para exigir sus derechos, cobrar los deberes ajenos, gritar más alto por un país mejor, sin violencia, sin corrupción, sin pobreza.
Me quede imaginando aquellos niños creciendo, teniendo acceso a más informaciones en este mundo interconectado por la computadora, que ya manejan desde esa misma joven edad, y echando porras para que ellos puedan descubrir el valor que cada persona tiene, de verdad, para honrar el país, la bandera y su himno que canta:
Outros pequenos personagens entraram com cartazes que traziam as datas importantes do mês, enquanto um grupo de meninos e meninas com cerca de um metro de altura se endireitavam e subiam as meias impecáveis para homenagear a bandeira do país.
Ao som dos tambores, a apresentadora comanda a ordem do lugar:
- Todos em pé para saudarmos a bandeira mexicana!
O play back toca uma banda oficial. O grupo responsável por percorrer o pátio com a bandeira (a escolta) começa a marchar, obedecendo as ordens dadas por um deles:
- Firmes, já!
- Marcha, já!
- Alto, já!
Enquanto todo o público levanta as mãos, com a palma virada para baixo, mas em forma de continência em frente ao peito, cantam o hino nacional.
Um outro menininho é convidado a fazer o juramento à bandeira, e novamente me supreendo com a voz alta e clara do garoto, que não tem mais de seis anos de idade e recita decor:
- "Bandeira do México/ legado de nossos heróis/ símbolo da unidade de nossos pais e de nossos irmãos/te prometemos ser sempre fiéis aos princípios de liberdade e justiça que fazem de nossa pátria a nação independente, humana e generosa, à que entregamos nossa existência."
Todos se despedem da bandeira que novamente percorre o pátio, firmes em suas posições de continência ao coração patriota.
Quero contar que fiquei emocionada, que não pude evitar as lágrimas ao ver crianças tão pequenas cumprindo seu papel de civismo com tanto orgulho, com vontade, em alta voz.
Em seguida, um outro grupo de crianças pequenas recitou uma poesia, dançou e cantou, expressando seus talentos e dons artísticos.
Saí de lá comovida e pensando no patriotismo desse povo, que sempre me chamou a atenção. Um povo que celebra suas festas nacionais, como festejamos nossos carnavais ou um clássico de futebol. Um povo que se orgulha de ser mexicano, apesar de todos os pesares, mas que tem muita dificuldade para exigir seus direitos, cobrar deveres alheios, gritar mais alto por um país melhor, sem violência, sem corrupção, sem pobreza.
Fiquei imaginando aquelas crianças crescendo, tendo acesso a mais informações neste mundo interligado pelo computador, que já manejam desde essa mesma tenra idade, e torcendo para que elas possam descobrir o valor que cada pessoa tem, de verdade, para honrar o país, a bandeira e seu hino que canta:
"Mexicanos ao grito de guerra (...)/ Guerra, guerra sem trégua ao que tente a pátria manchar os brasões!/Guerra, guerra, aos pátrios pendões nas ondas de sangue empapados./ Guerra, guerra no monte, no vale,/ os canhões explodam e os ecos sonoros ressoem com as vozes de União e Liberdade!"
Lecciones de Civismo
Era la inauguración de la Semana Cultural en la escuela. Los alumnos rodeaban el patio con sus uniformes, ya que era el día de dar honras a la bandera nacional. Las edades eran entre 3 y 16 años. Una pequeña con sus cinco años vividos, hizo la presentación, hablando bien fuerte y con bastante claridad, presumiendo de la timidez.
Otros pequeños personajes entraron con letreros que traían las fechas importantes del mes, mientras un grupo de niños y niñas con casi un metro de alto se enderezaban y subían los calcetines impecables para homenajear a la bandera del país.
Al sonido de los tambores, la conductora comanda el orden en el lugar:
- Todos en pie para saludar la bandera mexicana!
El “play back” suena una banda oficial. El grupo responsable por el recorrido en el patio con la bandera (la escolta) comienza a marchar, obedeciendo los órdenes dados por uno de ellos:
- Firmes, ya!
- Marcha, ya!
- Alto, ya!
Mientras todo el público levanta las manos, con la palma volteada hacia abajo, pero en forma de continencia en frente al pecho, cantan el himno nacional.
Un otro niñito es invitado a hacer el juramento a la bandera, y nuevamente me sorprendo con la alta y clara voz del chamaco, que no tiene más de seis años de edad y la recita de memoria:
- “¡Bandera de México! Legado de nuestros héroes/ símbolo de la unidad/ de nuestros padres/ y de nuestros hermanos, te prometemos ser siempre fieles a los principios de libertad y justicia que hacen de nuestra Patria la nación independiente, humana y generosa a la que entregamos nuestra existencia.”
Todos se despiden de la bandera que nuevamente recurre el patio, firmes en sus posturas de continencia hacia el corazón patriota.
Quiero contar que me quedé emocionada, que no pude evitar las lágrimas al ver a los niños tan pequeños cumpliendo su papel de civismo con tanto orgullo, con voluntad, en alta voz.
En seguida, un otro grupo de niños pequeños recitó una poesía, bailó y cantó, expresando sus talentos y dones artísticos.
Salí de allá conmovida y pensando en el patriotismo de ese pueblo, que siempre me ha llamado la atención. Un pueblo que celebra sus fiestas nacionales, como festejamos a nuestros carnavales o a un clásico de futbol. Un pueblo que tiene orgullo de ser mexicano, a pesar de todos los pesares, pero que tiene mucha dificultad para exigir sus derechos, cobrar los deberes ajenos, gritar más alto por un país mejor, sin violencia, sin corrupción, sin pobreza.
Me quede imaginando aquellos niños creciendo, teniendo acceso a más informaciones en este mundo interconectado por la computadora, que ya manejan desde esa misma joven edad, y echando porras para que ellos puedan descubrir el valor que cada persona tiene, de verdad, para honrar el país, la bandera y su himno que canta:
"Mexicanos al grito de guerra (...)/¡Guerra, guerra sin tregua al que intente de la patria manchar los blasones!/¡guerra, guerra! los patrios pendones en las olas de sangre empapad./¡Guerra, guerra! en el monte, en el valle,/ los cañones horrísonos truenen y los ecos sonoros resuenen con las voces de ¡Unión! ¡Libertad!.
*Revisión en español: Aida Hacessegunda-feira, 11 de abril de 2011
Poesia também morre / La poesía también se muere
Javier Sicilia é um intelectual mexicano. É poeta, ensaista, romancista, roteirista de cinema e televisão, e jornalista. Escreve em jornais e revistas importantes do país. Também é professor de literatura e estética, e diretor de uma revista católica, a qual foi responsável por jogar na lama o nome de um sacerdote prestes a ser beatificado, trazendo a verdade sobre sua conduta moral.
Amante das palavras que reclamam sua matéria, se perdem, se chocam, se evadem e se fundem, Javier Sicilia sempre as tratou com delicadeza e profundidade e por isso tornou-se conhecido e reconhecido como um grande escritor.
Mas o poeta declarou morte à sua poesia diante da dor do assassinato de seu filho de 16 anos, amputado sob as atrocidades da impunidade e da narcoguerra, num país onde a morte, tem agora mais permissão do que nunca.
Javier exilou-se do território das palavras pra sair às ruas e exigir que os habitantes da "Maulândia parem já" com a falta de regras, de códigos e protocolos e que matam sem "dignidade".
O "ex-poeta" tem feito plantão em frente ao Palácio do Governo como protesto para exigir atitudes concretas das autoridades do país. Mais uma entre milhares de vozes que se levantam diante dessa guerra aparentemente sem fim.
Javier Sicilia se despediu da poesia com esses versos:
"Toda ausência é atroz/e, no entanto, habita como um vazio que vem dos mortos,/ das brancas raízes do passado./ Aonde voltar?/a Deus, o ausente do mundo dos homens?/ a eles, que o tem interpretado até esvaziá-lo?/ Aonde ir que não revele o oco/ o vazio insondável da ausência?/ A eles, os mortos, que guardam a memória/ e sabem que não estamos contentes em um mundo interpretado...
E conclui:
"Estar vivo é penoso/ e nós, nós, que os necessitamos com seus graves segredos/ nós, que sabemos que não poderão voltar a um mundo interpretado/ às vezes escutamos, como um leve vento, subir das sombras/ a música primeira/ que forçando o nada trouxe Eurídice ao mundo/ uma nota tão tênue, tão pura como o Círio/ que promete sua volta em meio às sombras/ e nos traz o consolo.
La poesía también se muere
Javier Sicilia es un intelectual mexicano. Es poeta, ensayista, novelista, guionista de cine y tele, y periodista. Escribe en periódicos y revistas importantes en el país. También es maestro de literatura y estética, y director de una revista católica, la cual fue responsable por tirar en el lodo el nombre de un sacerdote listo a ser beatificado, trayendo la verdad sobre su conducta moral.
Amante de las palabras que reclaman su materia, que giran y se encuentran, se pierden, se chocan, se evaden y se funden, Javier Sicilia siempre las trató con delicadeza y profundidad y por eso se hizo conocido y reconocido como un gran escritor.
Pero el poeta declaró muerte a su poesía delante del dolor del asesinato de su hijo de 16 años, amputado so las atrocidades de la impunidad y de la narco guerra, en un país donde la muerte, tiene ahora más permiso que nunca.
Javier se ha exilado del territorio de las palabras para salir a las calles y a exigir que los habitantes de la "Maulandia paren ya" con la falta de reglas, de códigos y protocolos y que matan sin "dignidad".
El "ex-poeta" ha estado en guardia en frente al Palacio del Gobierno como protesta para exigir actitudes concretas de las autoridades del país. Una más entre miles de voces que se levantan delante de esa guerra aparentemente sin fin.
Javier Sicilia se despidió de la poesía con esos versos:"Toda ausencia es atroz/ y, sin embargo, habita como un hueco que viene de los muertos,/ de las blancas raíces del pasado./ ¿Hacia dónde volverse?;/ ¿hacia Dios, el ausente del mundo de los hombres?; /¿hacia ellos, que lo han interpretado hasta vaciarlo?/ ¿Hacia dónde volverse que no revele el hueco,/ el vacío insondable de la ausencia?/ Hacia ellos, los muertos, que guardan la memoria/ y saben que no estamos contentos en un mundo interpretado...
Concluye así:
Estar vivo es penoso,/ y nosotros, nosotros, que los necesitamos con sus graves secretos,/ nosotros, que sabemos que no podrán volver a un mundo interpretado,/ a veces escuchamos, como un ligero viento, ascender de las sombras/ la música primera/ que forzando la nada trajo a Eurídice al mundo;/ una nota tan tenue, tan pura como el Cirio/ que promete su vuelta en medio de las sobras/ y nos trae el consuelo.
Amante das palavras que reclamam sua matéria, se perdem, se chocam, se evadem e se fundem, Javier Sicilia sempre as tratou com delicadeza e profundidade e por isso tornou-se conhecido e reconhecido como um grande escritor.
Mas o poeta declarou morte à sua poesia diante da dor do assassinato de seu filho de 16 anos, amputado sob as atrocidades da impunidade e da narcoguerra, num país onde a morte, tem agora mais permissão do que nunca.
Javier exilou-se do território das palavras pra sair às ruas e exigir que os habitantes da "Maulândia parem já" com a falta de regras, de códigos e protocolos e que matam sem "dignidade".
O "ex-poeta" tem feito plantão em frente ao Palácio do Governo como protesto para exigir atitudes concretas das autoridades do país. Mais uma entre milhares de vozes que se levantam diante dessa guerra aparentemente sem fim.
Javier Sicilia se despediu da poesia com esses versos:
"Toda ausência é atroz/e, no entanto, habita como um vazio que vem dos mortos,/ das brancas raízes do passado./ Aonde voltar?/a Deus, o ausente do mundo dos homens?/ a eles, que o tem interpretado até esvaziá-lo?/ Aonde ir que não revele o oco/ o vazio insondável da ausência?/ A eles, os mortos, que guardam a memória/ e sabem que não estamos contentes em um mundo interpretado...
E conclui:
"Estar vivo é penoso/ e nós, nós, que os necessitamos com seus graves segredos/ nós, que sabemos que não poderão voltar a um mundo interpretado/ às vezes escutamos, como um leve vento, subir das sombras/ a música primeira/ que forçando o nada trouxe Eurídice ao mundo/ uma nota tão tênue, tão pura como o Círio/ que promete sua volta em meio às sombras/ e nos traz o consolo.
La poesía también se muere
Javier Sicilia es un intelectual mexicano. Es poeta, ensayista, novelista, guionista de cine y tele, y periodista. Escribe en periódicos y revistas importantes en el país. También es maestro de literatura y estética, y director de una revista católica, la cual fue responsable por tirar en el lodo el nombre de un sacerdote listo a ser beatificado, trayendo la verdad sobre su conducta moral.
Amante de las palabras que reclaman su materia, que giran y se encuentran, se pierden, se chocan, se evaden y se funden, Javier Sicilia siempre las trató con delicadeza y profundidad y por eso se hizo conocido y reconocido como un gran escritor.
Pero el poeta declaró muerte a su poesía delante del dolor del asesinato de su hijo de 16 años, amputado so las atrocidades de la impunidad y de la narco guerra, en un país donde la muerte, tiene ahora más permiso que nunca.
Javier se ha exilado del territorio de las palabras para salir a las calles y a exigir que los habitantes de la "Maulandia paren ya" con la falta de reglas, de códigos y protocolos y que matan sin "dignidad".
El "ex-poeta" ha estado en guardia en frente al Palacio del Gobierno como protesta para exigir actitudes concretas de las autoridades del país. Una más entre miles de voces que se levantan delante de esa guerra aparentemente sin fin.
Javier Sicilia se despidió de la poesía con esos versos:"Toda ausencia es atroz/ y, sin embargo, habita como un hueco que viene de los muertos,/ de las blancas raíces del pasado./ ¿Hacia dónde volverse?;/ ¿hacia Dios, el ausente del mundo de los hombres?; /¿hacia ellos, que lo han interpretado hasta vaciarlo?/ ¿Hacia dónde volverse que no revele el hueco,/ el vacío insondable de la ausencia?/ Hacia ellos, los muertos, que guardan la memoria/ y saben que no estamos contentos en un mundo interpretado...
Concluye así:
Estar vivo es penoso,/ y nosotros, nosotros, que los necesitamos con sus graves secretos,/ nosotros, que sabemos que no podrán volver a un mundo interpretado,/ a veces escuchamos, como un ligero viento, ascender de las sombras/ la música primera/ que forzando la nada trajo a Eurídice al mundo;/ una nota tan tenue, tan pura como el Cirio/ que promete su vuelta en medio de las sobras/ y nos trae el consuelo.
terça-feira, 5 de abril de 2011
É primavera / Es primavera
Quem contou pra eles?
Ou será que o movimento do sol, seu distanciamento e aproximação, a brisa e o leve vento, o cantar dos pássaros, o zumbir das abelhas, um novo aroma imperceptível a nós humanos é o que os avisa?
Como em um lugar sem chuva, onde o céu é sempre igual, pode haver mudanças e aparecer uma nova fase da vida?
Como pode, só por ser primavera, a grama crescer, as plantas mostrarem seus brotos, suas flores, seus aromas?
Quem contou que era primavera?
Quem avisou as plantas, os pássaros, os arbustos, as damas da noite e as do dia?
Como eles sabem que é tempo de espreguiçar-se, exibir-se, enamorar-se, reproduzir-se, transformar-se?
Quem contou que a primavera chegou, se a chuva não caiu, o solo não molhou e as condições do clima são as mesmas? Ou será que não são?
Será que somos tão insensíveis que não notamos as transformações da natureza a não ser que seja explícita?
Que seja assim então, que se apresente a primavera em flores, em cores e em todos seus olores, explicitamente, escancaradadamente, para que todos vejam, para que todos notem que é PRIMAVERA.
Que seja lembrada por todos, a cada mudança de estação, como na canção de Caetano:
"Luz do sol
que a folha traga e traduz
em verde novo
em folha, em graça, em vida, em força, em luz"
Es primavera
¿Quién se los contó?
¿O será que el movimiento del sol, su distanciamiento y acercamiento, la brisa y el ligero viento, el cantar de los pájaros, el zuñir de las abejas, un nuevo aroma, imperceptible a nosotros humanos, es lo que los avisa?
¿Como en un lugar sin lluvia, donde el cielo es siempre igual, puede haber cambios y marcar una nueva fase de la vida?
¿Cómo puede, solo por ser primavera, el pasto crecer, las plantas enseñaren sus retoños, sus flores, sus aromas?
¿Quién les contó que era primavera?
¿Quién avisó a las plantas, a los pájaros, a los arbustos, a las huele de noche y de día?
¿Cómo ellos saben que es tiempo de estirarse, exhibirse, enamorarse, reproducirse, transformarse?
¿Quién les contó que la primavera llegó? Si la lluvia no ha caído, el solo no se ha mojado y las condiciones del clima son las mismas ¿O será que no son?
¿Será que somos tan insensibles que no notamos las transformaciones de la naturaleza a no ser que sea explícita?
Que sea así entonces, que se presente la primavera en flores, en colores y en todos sus olores,
explícitamente, abiertamente, para que todos vean, para que todos noten que es PRIMAVERA.
Que sea acordada por todos a cada cambio de estación, como en la canción de Caetano Veloso:
"Luz del sol
que la hoja traga y traduce
en verde nuevo
en hoja, en gracia, en vida, en fuerza, en luz"
Ou será que o movimento do sol, seu distanciamento e aproximação, a brisa e o leve vento, o cantar dos pássaros, o zumbir das abelhas, um novo aroma imperceptível a nós humanos é o que os avisa?
Como em um lugar sem chuva, onde o céu é sempre igual, pode haver mudanças e aparecer uma nova fase da vida?
Como pode, só por ser primavera, a grama crescer, as plantas mostrarem seus brotos, suas flores, seus aromas?
Quem contou que era primavera?
Quem avisou as plantas, os pássaros, os arbustos, as damas da noite e as do dia?
Como eles sabem que é tempo de espreguiçar-se, exibir-se, enamorar-se, reproduzir-se, transformar-se?
Quem contou que a primavera chegou, se a chuva não caiu, o solo não molhou e as condições do clima são as mesmas? Ou será que não são?
Será que somos tão insensíveis que não notamos as transformações da natureza a não ser que seja explícita?
Que seja assim então, que se apresente a primavera em flores, em cores e em todos seus olores, explicitamente, escancaradadamente, para que todos vejam, para que todos notem que é PRIMAVERA.
Que seja lembrada por todos, a cada mudança de estação, como na canção de Caetano:
"Luz do sol
que a folha traga e traduz
em verde novo
em folha, em graça, em vida, em força, em luz"
Es primavera
¿Quién se los contó?
¿O será que el movimiento del sol, su distanciamiento y acercamiento, la brisa y el ligero viento, el cantar de los pájaros, el zuñir de las abejas, un nuevo aroma, imperceptible a nosotros humanos, es lo que los avisa?
¿Como en un lugar sin lluvia, donde el cielo es siempre igual, puede haber cambios y marcar una nueva fase de la vida?
¿Cómo puede, solo por ser primavera, el pasto crecer, las plantas enseñaren sus retoños, sus flores, sus aromas?
¿Quién les contó que era primavera?
¿Quién avisó a las plantas, a los pájaros, a los arbustos, a las huele de noche y de día?
¿Cómo ellos saben que es tiempo de estirarse, exhibirse, enamorarse, reproducirse, transformarse?
¿Quién les contó que la primavera llegó? Si la lluvia no ha caído, el solo no se ha mojado y las condiciones del clima son las mismas ¿O será que no son?
¿Será que somos tan insensibles que no notamos las transformaciones de la naturaleza a no ser que sea explícita?
Que sea así entonces, que se presente la primavera en flores, en colores y en todos sus olores,
explícitamente, abiertamente, para que todos vean, para que todos noten que es PRIMAVERA.
Que sea acordada por todos a cada cambio de estación, como en la canción de Caetano Veloso:
"Luz del sol
que la hoja traga y traduce
en verde nuevo
en hoja, en gracia, en vida, en fuerza, en luz"
Assinar:
Postagens (Atom)